O tema do Dia Internacional da Mulher proposto pelas Organizações Nações Unidas (ONU), para este ano, é “O tempo é agora: ativistas rurais e urbanas transformam a vida das mulheres”. O 8 de março ocorre em meio a um movimento global por direitos, igualdade e justiça.
Os temas do assédio sexual, violência e discriminação contra as mulheres capturaram as atenções e o discurso público nos últimos meses, sendo fundamental continuar reforçando a necessidade de mudança nas relações de opressão entre os gêneros.
Segundo a agência das Nações Unidas, a data é uma oportunidade para transformar esse impulso em medidas concretas de empoderamento de mulheres de todos os ambientes — rural e urbano — e de reconhecer as ativistas que trabalham sem descanso para reivindicar direitos e desenvolvimento pleno.
Este ano, o Dia Internacional da Mulher também presta atenção aos direitos das mulheres rurais, que constituem mais de 25% da população mundial e correspondem a 43% da força de trabalho agrícula do mundo.
Apesar de cultivarem as terras e plantarem sementes para alimentar as populações, essas mulheres estão, em praticamente todos os indicadores de desenvolvimento, atrasadas em relação aos homens rurais e as mulheres urbanas. O fato se deve às desigualdades de gênero e à discriminação arraigadas.
Segundo a ONU, apenas 20% das mulheres do mundo são proprietárias de terra e a diferença salarial entre mulheres e homens nas áreas rurais pode chegar até 40%. Por outro lado, elas carecem de infraestrutura e serviços, trabalho decente e proteção social e se encontram em situação mais vulnerável e de risco.
Na proposta da luta por igualdade e justiça, é preciso atuar com urgência nas áreas rurais para garantir um nível de vida adequado, sem violência ou práticas nocivas, acesso à terra e aos bens produtivos, à segurança alimentar e à nutrição, ao trabalho decente, à educação e à saúde, incluindo a saúde sexual e reprodutiva.
Em sintonia com o tema, a CTB-BA, junto com os sindicatos filiados, busca intensificar a participação no 8 de Março e na luta pelo empoderamento e autonomia femininos, contra a violência de gênero e por mais políticas públicas de fortalecimento e/ou atendimento à causa/questão da mulher.
* Informações da ONU Mulheres