Mulheres e jovens são as maiores vítimas do desemprego e subemprego no Brasil
Pesquisa publicada pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, aponta que a brutal crise econômica e política ampliou as desigualdades em 2017. O índice de desemprego no país é de 11,8%, mas a taxa é maior para mulheres, jovens e pessoas com baixa escolaridade.
Além dos desempregados, esses grupos também são os mais afetados entre os trabalhadores subutilizados, contingente que soma 26 milhões de pessoas no Brasil.
MULHERES
Foram 42,5 mil demissões de mulheres a mais do que contratações. De acordo com os dados, divulgados segunda-feira (26/02), dos oito setores econômicos analisados, seis demitiram mais mulheres do que contrataram, no ano passado, de maneira que a criação de vagas ficou concentrada no gênero masculino. A pesquisa também aponta o fechamento de 20,8 mil vagas em 2017.
Apesar de quase todos os setores terem privilegiado a mão de obra masculina, a discrepância é maior em três:
Indústria de transformação: abertura de 7,2 mil vagas para homens e fechamento de 27,1 mil para mulheres;
Comércio: abertura de 42,4 mil postos para homens e fechamento de 2,3 mil para mulheres;
Serviços: abertura de 45,8 mil vagas para homens e fechamento de 8,8 mil para mulheres.
Juntos, eles representam 90% do saldo de vagas fechadas entre mulheres em 2017. A indústria de transformação, sozinha, concentra mais de 60% do total.
Na construção civil, onde cerca de 90% das vagas ofertadas são ocupadas por homens, houve fechamento de 5,3 mil vagas ente mulheres. O corte, entretanto, foi muito mais profundo entre o gênero masculino (-98,6 mil). Apenas no setor de administração pública os sinais foram inversos: foi registrado saldo positivo entre as mulheres e negativo entre os homens.
Com informações do Portal CTB