FEC-BA elege diretoria e busca unificar a categoria comerciária

Geral CTB Geral 27/02/2018

A Federação dos Comerciários da Bahia (FEC-BA) elegeu a nova diretoria para os próximos quatro anos. Por unanimidade, Reginaldo Oliveira foi reeleito presidente. A CTB-BA prestigiou o evento. 
 
A eleição foi realizada sábado (24/02), durante o  2º Congresso Estadual, realizado no Espaço Cultural dos Comerciários de Salvador. O evento reuniu delegadas e delegadas de Itabuna, Juazeiro, Irecê, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus, Guanambi, Camacan, Itaberaba, Itamaraju, Gandu, Casto Alves, Santa Bárbara, Ubatã, Nossa Senhora do Socorro (SE).
 
De acordo com o presidente reeleito, a meta para os próximos anos é unificar as campanhas salariais na Bahia, construir seminários táticos, organizar a participação da FEC-BA nas mesas de negociação com apoio técnico e jurídico e, principalmente, a aproximar os trabalhadores e trabalhadoras comerciários dos sindicatos. 
 
Oliveira defendeu a necessidade da Federação preparar os dirigentes sindicais para as lutas política e social, inclusive nos municípios."É preciso fortalecer a luta das mulheres, se aproximar e valorizar a participação da juventude no movimento sindical, bem como combater o racismo", afirmou.
 
O presidente do Sindicato dos Comerciários de Irecê, Rafael Sydarta, eleito como diretor financeiro da FEC, ressaltou a importância das alterações feitas no Estatuto para garantir a renovação na diretoria. “Conseguimos fazer uma reforma estatutária para dá oportunidade de renovação nos cargos. Com a mudança, fica proibida a reeleição do mesmo dirigente no cargo por mais de dois mandatos. Isso dá a oportunidade para outras lideranças assumirem, inclusive, o fato de eu passar a ocupar a função de diretor financeiro já é uma demonstração dessa inovação”.
 
Para a vice-presidente da CTB Bahia, Rosa de Souza, é preciso unificar a pauta para fortalecer a luta.  “Precisamos fazer um raio-X na nossa convenção coletiva para verificar o que nos unifica. É muito importante buscar alternativas para a sindicalização, porém outras lutas são também fundamentais, como a implementação de creches. Temos que discutir política mais concretas sobre a implementação das creches na Bahia”, defendeu.
 
 
A participação da mulher no movimento sindical 
 
Durante o Congresso, a secretária de Gênero do Sindicato, Rosemeire Correia, destacou a importância da atuação da mulher nos sindicatos, contudo frisou que é preciso ampliar a ação feminina nos cargos de direção das entidades sindicais. 
 
“Temos a participação da mulher no movimento sindical, porém poucas na função de presidente. Este é o momento de nos organizarmos e nos mobilizarmos para ocuparmos esses espaços de poder. Para isso, precisamos encabeçar a luta pela criação de comissões dentro do local de trabalho para  fortalecer as nossas pautas”, enfatizou.
 
De acordo com a presidente estadual da  União Brasileira de Mulheres (UBM-BA), Natália Gonçalves, é necessário  refletir sobre como as mulheres podem atuar mais e melhor no mercado de trabalho a partir de relações mais justas. “Se nós acreditamos que a luta do povo transforma a realidade, a gente precisa entender que metade do povo é mulher e que para ela atuar plenamente na luta,  as relações entre nós precisa funcionar de forma igualitária”, alertou.
 
“Observem nas suas instituições a intervenção das mulheres na luta cotidiana, como elas aprofundam as ações dos seus sindicatos. Os problemas que as mulheres apresentam podem não ser iguais aos dos homens porque elas obervam a realidade de um ponto de vista diferente, contudo têm questões que só uma mulher vai poder analisar e interferi”, concluiu Natalia Gonçalves.
 
* Com informações da FEC-BA