Se o FMI é a favor é porque a reforma da Previdência não serve ao povo

Geral CTB Geral 26/01/2018

O FMI (Fundo Monetário Internacional) pressiona o fraco e antinacionalista governo Temer a promover uma reforma da Previdência profunda. Alejandro Werner, diretor do Fundo para Hemisfério Ocidental, afirmou quinta-feira (25/01), em Washington, que, do ponto de vista da economia, é melhor que o Brasil atrase um tempo a aprovação da reforma previdenciária e faça mudanças profundas que aprovar correndo uma versão reduzida das alterações. Segundo ele, uma versão mais “light” da reforma poderá ser mal interpretada pelos agentes econômicos. "É melhor que se faça bem do que se faça rápido", disse ele.
 
O projeto neoliberal que Temer reimplantou expõe o Brasil a esse tipo de pressão, intromissão e subserviência, de maneira que grupos e entidades internacionais se sintam totalmente a vontade para comentar e estabelecer metas nacionais.
 
Totalmente desvirtuado dos anseios dos brasileiros, o governo Temer desrespeita a vontade da maioria da população, declaradamente contrária à reforma da Previdência. Mente na televisão, afirmando que vão combater os privilégios. Ora, logo eles, os super aposentados do Brasil.
 
Quando o governo do ex-presidente Lula afastou o FMI do país, pensou-se que o povo brasileiro estaria livre desse economicismo injusto, dessa encruzilhada que é o individualismo meritocrático, da visão dos bilionários que é preciso sanar contas e cortar investimentos sociais, do discurso tendencioso e maquiavélico de que só o Estado é corrupto, enquanto o mercado e a iniciativa privada são fantásticos e estão acima de qualquer suspeita.
 
Os trabalhadores estão dispostos a lutar pelo direito à aposentadoria, porém essa luta precisa da participação de toda a classe trabalhadora. Porque não é uma batalha apenas contra o governo Temer, mas contra o capital internacional que, como é sabido, não tem qualquer compromisso com a solidariedade e a justiça entre os homens.