Em decisão do Tribunal de Justiça no final da tarde hoje (05/12) os mandantes e executores dos assassinatos de Paulo Colombiano e Catarina Galindo foram mais uma vez beneficiados. A tática da defesa dos criminosos de protelar o processo indefinidamente terminou prevalecendo.
Alegando que o juiz de primeiro grau teria cometido excessos de argumentação na elaboração da sentença, os desembargadores decidiram devolver o processo para o juízo de primeiro grau. Dessa maneira, ao invés de o processo avançar, quando os assassinos poderiam ser encaminhados a júri popular, acontece o contrário, recomeça-se a um estágio que já estava concluído. Assim, um novo juiz terá de examinar o processo e refazer a sentença.
Levando em conta que o judiciário entra em recesso nos meses de dezembro e janeiro e que haverá uma tramitação presumivelmente lenta até esse processo voltar à Câmara de segunda instância, podemos concluir que os assassinos têm muito a comemorar e os familiares e amigos, muito a lamentar.
É inaceitável que tenhamos que conviver com esse estado de coisas, com o judiciário funcionando como instrumento para que ricos assassinos se mantenham por tanto tempo impunes.
Estamos tristes, indignados, mas não ficaremos desanimados. Vamos intensificar publicamente a denúncia dos marginais que tiraram a vida de nossos entes queridos e continuar cobrando celeridade da justiça, em que pese até o momento a morosidade dela ter sido linha auxiliar dos assassinos.
Salvador, 05/12/2017
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil