Caso Colombiano/Catarina: Mais um ato por justiça, mais um adiamento do processo
Dezenas de dirigentes sindicais, militantes do PCdoB, familiares e amigos de Paulo Colombiano e Catarina Galindo realizaram, na tarde desta terça-feira (21/11), um ato em frente ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), para pedir celeridade no julgamento dos acusados e justiça para o casal, assassinado há sete anos, em Salvador.
O julgamento dos recursos da acusação e da defesa que estava previsto para esta terça-feira, foi adiado para o dia 5 de dezembro, depois que um dos desembargadores pediu vistas ao processo. A fim de pressionar contra novos adiamentos e continuar vigilante em relação ao caso, os manifestantes farão novo protesto dia 5, inclusive realizarão um café da manhã logo cedo, com pretensão de passar todo o dia em frente ao TJ-BA, até que aconteça o julgamento dos recursos.
Estiveram presentes ao ato o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, e da CTB-BA, Pascoal Carneiro, além do secretário de Comunicação Estadual do PCdoB, Geraldo Galindo, que é irmão de Catarina e cunhado de Colombiano.
Adilson Araújo informou aos presentes o passo a passo do processo e se emocionou ao falar do casal. “Esses homicídios não podem ficar impunes. Não podemos achar banal que crimes em nome da ganância, da busca cega por dinheiro e do roubo destruam pessoas e ideais. Estamos aqui para lembrar que não esqueceremos desse terrível crime e vamos continuar cobrando justiça”, afirmou o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.
Para Pascoal Carneiro, presidente da CTB-BA, a morosidade do Judiciário brasileiro é um dos entraves à democracia e à cidadania. “São sete anos de espera. Queremos justiça. O judiciário precisa dar uma resposta à sociedade, mostrar eficiência, celeridade, respeito às vítimas”, afirmou.
"Eles estão em liberdade. Não por falta de provas, mas sim porque utilizam dos recursos jurídicos para postergar a penalidade. Eles cometeram um crime que completa sete anos de impunidade. Esse processo já tem anos e não tem nenhuma perspectiva para condenação", afirmou Geraldo Galindo.
O CASO
Paulo Colombiano era tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários, quando assassinado. A acusação suspeita que sua morte tenha ocorrido depois que ele descobriu uma fraude milionária no contrato de prestação de serviços, pela empresa MasterMed. Catarina Galindo era esposa de Colombiano e estava com ele no carro, no momento da emboscada. Os dois eram militantes do PCdoB.
A defesa contesta a autoria dos crimes, já reconhecida em primeira instância e atribuída ao empresário e oficial aposentado da PM Claudomiro César Ferreira Santana, apontado como mandante, e aos seus funcionários Daílton de Jesus, Edilson Araújo e Wagner Souza, que seriam os executores. A acusação contesta a exclusão de responsabilidade de um acusado, o irmão de Claudomiro, o médico Cássio Antônio. Os dois irmãos eram proprietários da MasterMed, empresa do ramo de plano de saúde que tinha um contrato com o Sindicato dos Rodoviários.