Nesta terça-feira, mobilização em defesa dos bancos públicos

Geral CTB Geral 03/10/2017

Os bancários da Bahia realizam, nesta terça-feira (03/10), manifestações nas agências da Caixa, Banco do Brasil e BNB, como parte do Dia Mundial de Mobilização da Federação Sindical Mundial (FSM) e do Dia Nacional em Defesa da Soberania Nacional.

Nas agências, os dirigentes sindicais chamam a atenção da população para o processo de desmonte dos bancos públicos, impetrado pelo presidente Michel Temer, para diminuir o papel social de instituições como a Caixa, BB e BNB, que são essenciais para o desenvolvimento social do país.

A ação é parte da programação do dia 3 de outubro, aniversário de fundação da FSM. Todos os anos, nesta data, a entidade organiza atos pelo mundo denunciando as mazelas do capitalismo e do imperialismo contra os povos.

Em Salvador, a Frente Brasil Popular também realiza manifestação pela manhã, em frente à sede da Petrobras, no bairro do Itaigara; e outra, às 15h, no bairro do Lobato, local do primeiro poço de petróleo descoberto no Brasil. 

SINDICATOS DO INTERIOR

Os sindicatos do interior da Bahia também estão mobilizados e prontos para lutar contra a tentativa de desmonte do patrimônio público, conduzida pelo governo Temer.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Jequié e Região, Marcel Cardim, defende a retomada da oferta de crédito e a redução das taxas de juros praticadas pelos bancos públicos oficiais, como forma de aquecer a economia.

De acordo com o sindicalista, em um passado recente instituições como o BNDES, Banco do Brasil e Caixa contribuíram para o desenvolvimento econômico e social do País. “Durante a crise mundial de 2009, ainda no governo Lula, foi feita a política anticíclica para enfrentar aquele momento com a ampliação da oferta de crédito pelos bancos públicos, do BNDES, da Caixa e do Banco do Brasil. Depois, tivemos os bancos públicos reduzindo os juros e incentivando também a redução de juros pelos bancos privados”, relembrou Cardim.

O líder sindical ainda criticou ações adotadas pelo governo Temer para enfraquecer os bancos públicos, como o fechamento de agências – principalmente da Caixa e do Banco do Brasil - e o incentivo às “demissões voluntárias”. “Tudo visando a uma possível privatização no futuro”, alertou Marcel Cardim.