Para Ipea, reforma trabalhista acentua ainda mais as desigualdades salariais
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado pelo jornal Valor Econômico nesta terça (12/09) mostra que as novas regras trabalhistas, previstas na reforma aprovada no governo de Michel Temer, devem aprofundar as desigualdades salariais entre trabalhadores sindicalizados e não sindicalizados.
Segundo o trabalho coordenado pelo pesquisador André Gambier Campos, os sindicalizados ganham 33,5%, em média, mais que os não sindicalizados. De acordo com o estudo, enquanto os trabalhadores não sindicalizados ganhavam, em média, R$ 1,675,68, os associados a sindicatos ganhavam R$ 2,237,86.
Campos usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e apontou outros contrastes: 36% dos sindicalizados recebem auxílio-saúde, contra 20,3% dos não sindicalizados.
Os números mostram ainda que 63,9% dos trabalhadores sindicalizados têm acesso ao auxílio-alimentação. Entre os não sindicalizados são 49,3%. No caso do auxílio-transporte, os índices são de 54,4% e 49,1%, respectivamente. “Com a reforma trabalhista, essa desigualdade interna no mercado tende a se aprofundar”, disse o pesquisador.
Fonte: Portal CTB com informações do Valor