Milhares de baianos percorreram as ruas do Centro Histórico de Salvador no sábado (2/7), para homenagear os heróis da Independência da Bahia do domínio português. A CTB marcou presença no desfile, levando as bandeiras da luta pela democracia e em defesa dos direitos sociais e trabalhistas, ameaçados com o golpe em curso no país.
O 2 de Julho é uma das festas cívicas mais populares da Bahia e marca a data em que o exército vencedor, - formado por caboclos, índios e soldados recrutados entre os sertanejos-, desfilou pelas ruas de Salvador para comemorar a vitória sobre a Armada Portuguesa, que se recusava a reconhecer a independência do Brasil, proclamada em 7 de setembro de 1822. O cortejo sai da Soledade em direção ao Campo Grande, praça 2 de Julho, com uma parada no Pelourinho.
Ao longo do tempo, a data se transformou em um espaço de protesto e manifestações populares. O movimento social sempre esteve presente no cortejo, mostrando suas demandas e reivindicações. A CTB não poderia ficar de fora do desfile, do qual participa desde a sua fundação.
“É mais um ano em que estamos aqui comemorando a independência do Brasil, que foi consolidada na Bahia, em 1823. E este é um ano ímpar, em que a data tem uma motivação especial, em virtude da luta contra o golpe que está em curso no país. Isto nos motiva ainda mais a lutar pela nossa liberdade e pela democracia. Porque esta liberdade que foi consagrada nesta luta aqui na Bahia é a liberdade que os trabalhadores estão buscando nesta luta contra o golpe. O 2 de Julho tem um simbolismo muito forte na questão da luta pela independência, a democracia e contra o golpe”, afirmou o presidente da CTB Bahia, Aurino Pedreira.
A importância da participação na festa foi ressaltada também pela diretora de Formação da CTB Bahia, Inalba Fontenelle. “O 2 de Julho é uma festa cívica, mas também uma festa política, onde o destino do Brasil e da Bahia foram decididos pela luta popular. A CTB vem aqui renovar a luta por uma Bahia e um Brasil independente, que luta pela democracia e vai dizer não ao golpe, não ao Temer”.