Em uma sessão marcada por intensa mobilização dos Educadores, a Câmara Municipal aprovou, nesta terça-feira (14/6), o Plano Municipal de Educação de Salvador (PME). Foram 20 votos a favor, 11 contra e uma abstenção. Ao final alguns estudantes invadiram o plenário em protesto contra o resultado da votação e foram violentamente reprimidos pelos policiais do Corpo de Guarda da Câmara, resultando em ferimentos no estudante Nadson Rodrigues, presidente da Associação Baiana de Estudantes Secundaristas, que teve que ser atendido pelo SAMU. A confusão se generalizou no plenário, com troca de agressões físicas entre alguns vereadores.
A sessão foi marcada por intensa mobilização dos educadores. Os trabalhadores da Educação atenderam a convocação da APLB-Sindicato e fizeram a Vigília da Educação desde as 8h da manhã na porta da Câmara Municipal, para protestar contra a votação do projeto Nº 19/116, que institui o Plano Municipal de Educação (PME), que se encontrava na pauta para ser votado sem a concordância da categoria, que exigia a sua retirada para o devido debate com todas instâncias da sociedade civil recomendadas pelo Lei do PNE – Plano Nacional de Educação, vez que o mesmo não passou por debate amplo com a sociedade.
Enquanto os educadores, estudantes e representantes de outros segmentos da sociedade permaneciam em vigília, mesmo debaixo de chuva, a direção da APLB realizou reuniões com os vereadores Leo Prates, da Comissão de Constituição e Justiça, e Joceval Rodrigues, líder do governo, num esforço para retirar o Projeto da pauta, com o objetivo de propiciar o devido debate e aperfeiçoar a matéria.
A sessão foi bastante movimentada, com forte participação das galerias, mas ao final, lamentavelmente acabou em pancadaria. A APLB repudia a postura dos vereadores que aprovaram o PME sem a devida discussão com a sociedade civil, bem como a ação truculenta dos policiais e vai tomar as providências cabíveis, inclusive registrando boletim de ocorrência na Polícia Civil, entre outras ações.
Fonte: APLB Sindicato.