A busca por igualdade de oportunidades vem marcando a história dos negros no Brasil e no mundo. No entanto, as marcas da desigualdade histórica ainda estão presentes nos dias de hoje.
Os negros são mais de 106 milhões de pessoas, são mais da metade da população do país. Mas ainda hoje têm todos os indicadores sociais inferiores aos dos brancos. Muitos negros sofrem o racismo e a discriminação e não encontram condições de igualdade na educação e profissionalmente.
A Região Metropolitana de Salvador tem uma grande população negra. Em 2015, segundo o IBGE, a população economicamente ativa negra somava 1, 574 milhão de pessoas, o que equivalia a 86,6% da força de trabalho. Entre estes trabalhadores, 77,3% estavam ocupados, enquanto 22,7% permaneciam desempregados.
Na área da educação, o negro ganhou força com as cotas raciais como política afirmativa para superar as diferenças impostas por séculos de direitos desiguais. Porém, o aumento de escolaridade não diminui a desigualdade, pelo contrário. O avanço escolar beneficia a todos em relação ao rendimento do trabalho, mas beneficia mais os não negros.
“O negro precisa de mais oportunidades na área profissional, como está tendo nas universidades. A CTB pensa que a classe trabalhadora precisa ter mais oportunidades na política primitiva e valorização do trabalhador. Vemos tão poucos negros em cargos de destaque nas empresas. No caso da mulher negra, a ausência de oportunidades é ainda maior”, ressalta o secretario estadual em Combate ao Racismo da CTB Bahia, Silvio Pinheiro.
Sem dúvida a condição do negro hoje é muito melhor, mas ainda tem muito o que melhorar. Ao governo cabe dar melhores condições de saúde e educação e à sociedade, de maneira geral, cabe se libertar de suas heranças históricas que vê os negros com um olhar de inferioridade. Esse é o caminho para um Brasil que seja realmente democrático.
