O 1º de Maio foi de muito protesto para os trabalhadores baianos. A data foi marcada por manifestações em diversas cidades do estado. A principal delas aconteceu no Farol da Barra, em Salvador, reunindo cerca de 30 mil pessoas durante um dia inteiro de atividades culturais e políticas. A principal bandeira do evento foi a defesa da democracia e a luta contra o tentativa de golpe em curso no país.
A programação começou às 11h com uma oficina de pintura para a criançada e seguiu até o início da noite, quando lideranças sociais e políticas falaram da importância de manter a mobilização em defesa dos avanços sociais e trabalhistas conquistados nos últimos 13 anos.
Construído em parceira entre as centrais sindicais CTB, CUT, UGT, Intersindical e Nova Central, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo, o ato contou com a participação de lideranças do PCdoB, PT, PSB, PSol e PCO, além de representantes de diversos segmentos do movimento social organizado.
“Este foi o 1º de Maio da resistência. Um dia em que os trabalhadores foram para as ruas dizer que não vão aceitar um golpe contra a democracia e contra os seus direitos, dizer que não aceitamos o impeachment da presidente Dilma e acima de tudo deixar bem claro que vamos manter a mobilização em defesa da democracia até que este golpe seja sepultado”, afirmou o presidente da CTB Bahia, Aurino Pedreira.
O dirigente cetebista ressaltou também as ameaças contidas no projeto de governo do PMDB, intitulado Ponte para o Futuro, que traz sérias ameaças aos direitos trabalhistas, como a aprovação da terceirização generalizada e a prevalência do acordado sobre o legislado. “Por isso, a classe trabalhadora está organizando uma greve geral no dia 10 de maio, com paralisação de diversas categorias. Este será o nosso recado para o Senado, deixando claro que não aceitamos um golpe e nem reconheceremos o governo ilegítimo que surgir dele”.
