Os aeroviários da Bahia paralisaram as atividades no aeroporto de Salvador das 5h ás 7h desta quarta-feira (3/2), em adesão ao movimento nacional da categoria, que está em campanha salarial. A mobilização provocou o atraso em muitos voos que sairiam da capital baiana. A categoria continua reunida e aguarda a confirmação de uma reunião com o ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, para definir os rumos do movimento.
Os protestos de aeroviários, que trabalham no check-in e no despacho de bagagens, e de aeronautas, categoria que inclui pilotos e comissários de bordo, aconteceu em nove capitais e no Distrito Federal. Em todo país, a Infraero registra que entre os 798 voos previstos para esta quarta-feira, 306 tiveram atraso (38,3%) e 138 foram cancelados (17.3%).
Com data base em 1º de dezembro, os trabalhadores cobram reajuste de salários de 11% para repor a inflação. Em assembleias realizadas na última sexta-feira (29/1), as categorias rejeitaram as propostas das empresas aéreas que previam pagamentos parcelados por faixas salariais, não retroativos à data-base. A última proposta rejeitada, previa duas possibilidades de reajustes para os aeroviários que ganham entre R$ 1.500 a R$ 10 mil e todos os aeronautas, que consiste: 5,5% em junho de 2016 e 5,5% em setembro; ou 3% em fevereiro e 8% em setembro. Já para os que ganham até R$ 1.500 permaneceria a proposta antiga, ou seja: 5,5% em fevereiro e 5,5% em junho.
Segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), esse formato trará prejuízos ao bolso dos trabalhadores, pois as perdas salariais oscilariam entre 53,16% e 96,22% de um salário mensal ao longo do período em que o reajuste é aplicado.
“A atividade de hoje foi muito positiva, com a categoria muito mobilizada, antes não tinha esta adesão. O que sentimos é um grande anseio da categoria por melhores salários e condições de trabalho. Percebemos que os trabalhadores perceberam a necessidade de unificar a luta para a conquista de mais direitos ”, comemorou a presidente do Sindaero Bahia, Luciana Tavares.
Em Salvador, o protesto contou com o apoio da CTB Bahia e a presença de lideranças de outros sindicatos, além do presidente estadual da Central Aurino Pedreira.
