Bahia perdeu 75.286 empregos em 2015

Geral CTB Geral 22/01/2016

O ano de 2015 foi de perdas para os trabalhadores baianos. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (21/1) apontam que o estado perdeu 75.286 empregos com carteira assinada nos 12 meses do ano. Este foi o pior resultado desde 2002.

A perda de postos de trabalho aconteceu em todos os segmentos da economia. Somente a construção civil cortou 34.249 postos de trabalho. Em seguida, aparecem os setores de serviços (-19.566), comércio (-9.566), indústria de transformação (-8.133) e a agropecuária (-3.110).

Os dados mostram ainda que o desemprego cresceu em todo o estado. A Região Metropolitana de Salvador (RMS) perdeu 49.316 postos de trabalho com carteira assinada, enquanto o interior encerrou 25.970 vagas. Salvador foi a cidade baiana que mais demitiu no ano passado: 35.489 trabalhadores. Já Mata de São João liderou as contratações:  1.511.

Brasil

Nacionalmente o quadro não é diferente. Em 2015, o Brasil fechou 1,542 milhão de postos de trabalho com carteira assinada– o pior resultado em 24 anos do Caged. Com o saldo (diferença entre contratações e demissões) do ano passado, o país retrocede ao mesmo patamar de dois anos atrás em número de empregos.

A indústria de transformação foi a responsável pelo maior número de vagas formais fechadas em 2015. O setor encerrou 608.878 vagas com carteira assinada. A construção civil foi responsável pelo segundo maior corte, com menos 416.959 vagas. Já o setor de serviços fechou 276.054 vagas. O comércio teve, em 2015, menos 218.650 postos, a indústria extrativa mineral fechou 14.039 vagas e a administração pública encerrou 9.238 postos. O único setor que criou vagas, em 2015, foi a agricultura, com um saldo positivo de 9.821.

O ano também apresentou uma redução nos salários, segundo o Caged. Os salários médios de admissão tiveram uma queda real de 1,64%. O valor médio foi de R$ 1.291,86 em 2014 e passou para R$ 1.270.74, em 2015.