O ano de 2016 começa com o grande desafio de garantir o emprego no Complexo Ford. Para isso, é preciso unidade e apoio para fortalecer a luta contra as demissões. No dia 22 de dezembro, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, entregou uma carta à presidente Dilma, ressaltando a preocupação do movimento sindical com o futuro dos trabalhadores no Complexo Ford.
O encontro aconteceu durante a visita da presidente a Camaçari, onde fez a entrega de imóveis do programa “Minha Casa, Minha vida”. Na carta, o Sindicato expôs a intenção da Ford em demitir cerca de 2 mil trabalhadores, a partir de março, com a extinção do terceiro turno.
“A presidente Dilma foi muito receptiva. Precisamos do apoio do governo federal para impedir esse retrocesso aqui em Camaçari. Não podemos aceitar que o trabalhador pague a conta da crise econômica. Sabemos que o setor automotivo está se aproveitando dessa situação para demitir em massa, como vem ocorrendo em São Paulo, por exemplo. Aqui na Bahia, vamos até as últimas consequências para assegurar a empregabilidade”, explica Júlio.
Esta semana, tem nova rodada de negociação entre o Sindicato e a Ford. Os dirigentes sindicais vão insistir para que a montadora desista das demissões e adote alternativas que preservem os empregos, como o PDV, que começa este mês. “A Ford pode adotar outras medidas e evitar demissão em massa. Esse é nosso objetivo. A concessão de férias coletivas a partir de fevereiro e o lay-off são algumas alternativas que estamos insistindo junto a Ford”, diz Júlio.
Fonte: Metalúrgicos Bahia.
