Os médicos que trabalham nas UPAS de Monte Gordo, Arembepe, Vila de Abrantes e Nova Aliança decidiram, em assembleia realizada na segunda-feira (4/1), continuar a greve, iniciada no dia 23 de dezembro. Na próxima quinta-feira, dia de São Tomás da Cantuária, padroeiro de Camaçari, os profissionais farão uma manifestação em Defesa da Saúde e pela reabertura da UPA da Gleba B, com concentração às 14h, na Cidade do Saber, em Gleba B.
A categoria reivindica segurança nas unidades, com efetivo da PM, melhorias estruturais, fornecimento contínuo e adequado de materiais e equipamentos, concurso público e contratação emergencial, através de CLT, para completar as escalas de trabalho.
Violência coloca em risco médicos e pacientes
Em plena noite de réveillon, a unidade de emergência de Arembepe, gerenciada pela Prefeitura de Camaçari, foi invadida por dez indivíduos. O vigilante foi espancado, o dentista esganado, a ambulância destruída e a unidade depredada.
Não se trata de um fato isolado. Em Vila de Abrantes, há pouco tempo, um médico recebeu uma tijolada na cabeça, e vários episódios de violência foram registrados dentro da UPA de Nova Aliança.
As unidades sofrem também com falta de materiais, medicamentos e instalações precárias.
No último ano, em diversas ocasiões, os médicos e o Sindimed se reuniram com os gestores de Camaçari solicitando providências. Mas nada foi feito. Pelo contrário, o número de profissionais vem caindo porque os médicos – na sua grande maioria terceirizados através da Fundação Estatal Saúde da Família -, estão com os contratos vencidos. Assim, as unidades funcionam com número reduzido ou até mesmo sem médicos.
Fonte: Sindimed Bahia
