Mobilizados, os servidores públicos da Bahia seguem com as atividades paralisadas nesta quarta-feira (16/12). A paralisação de 48 horas começou na terça com a adesão massiva de diversas categorias. O movimento é um protesto contra a votação da Proposta de Emenda Constitucional nº 148/2015, que extingue a estabilidade financeira para servidores públicos.
Os trabalhadores fazem ato público na Assembleia Legislativa, a partir das 9h, nos 2 dias. O calendário de atividades foi definido em uma plenária realizada no último dia 10, coordenada pela Federação dos Trabalhadores Públicos do estado da Bahia - Fetrab e Associação dos Funcionários Públicos - Afpeb, que contou com a presença da CTB, NCST, Conlutas, Sinpojud, Sindsaúde, Sinspeb, Ateba, Sindsalba, Sindicontas, Sintest e Sinterp.
Na opinião dos sindicalistas as ações realisadas até agora foram positivas, pois forçaram a retirada do Projeto de Lei 21.631/2015, que propõe a retirada de direitos, da pauta de votação na Assembleia Legislativa.
A preocupação foi com a tática do governo, que alterou a votação, para o dia 7 de janeiro, apostando numa eventual desmobilização da categoria, pelo período festivo em nosso calendário de tradições.
Avanços
As recentes paralisações, e mais que isso, a crescente tendência da categoria de se mobilizar cada vez mais, começa a demonstrar a força dos servidores. O governo sinalizou a possibilidade de recuar e conversar com respeito à PEC 148/2015, que extingue a estabilidade financeira para servidores públicos, e ao PL 21.631/2015, que propõe a retirada de direitos, como Licença Prêmio e modifica a concessão de férias.
Na tarde de hoje (16), representantes das secretarias da Administração (Saeb) e das Relações Institucionais (Serin) recebem representantes dos trabalhadores, numa sessão da Mesa central do SENP (Sistema Estadual de Negociação Permanente).
Na pauta, os sindicalistas vão se posicionar de que a categoria não irá recuar em nenhum direito adquirido e ainda vão abordar questões do Planserv e da retomada do Programa Habitacional.
A coordenadora da Fetrab, Marinalva Nunes afirma que “este é um momento de muita luta. É preciso manter a unidade da categoria. Vamos ampliar ainda mais da mobilização”.
Com informações da Fetrab.
