Sindicalistas e empresários discutem retomada do desenvolvimento com Dilma

Geral CTB Geral 16/12/2015

A presidenta da República, Dilma Rousseff, recebeu na tarde desta terça-feira (15/12), em Brasília, entidades integrantes do Fórum de Trabalho e Previdência para uma audiência no Palácio do Planalto. Estiveram presentes os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência) e Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio).

O encontro se deu após a reunião do Fórum, ocorrida pela manhã, no MTE, onde foi apresentado e discutido o documento "Compromisso pelo Desenvolvimento". O texto, elaborado por centrais sindicais e organizações empresariais, propõe 7 diretrizes básicas para a retomada do crescimento econômico e social brasileiro na atual conjuntura de crise político-econômica que trava o País.

Na ocasião os representantes de entidades sindicais, entre elas, CTB, CUT, UGT, Nova Central, CSB, Contag e dirigentes de organizações como  a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) apresentaram ao governo proposições contidas no documento para superar a crise e adotar uma política de desenvolvimento que promova a valorização do trabalho e da produção.

Dilma foi receptiva às propostas e classificou as diretrizes como fundamentais para a reestruturação da economia. A presidenta foi surpreendida positivamente com o consenso de ideias desenvolvidas por um movimento como este, composto por representantes da classe trabalhadora e empresarial. Rousseff prometeu avaliar a agenda proposta e dar uma resposta à equipe numa nova reunião, marcada para a próxima sexta-feira (18), pela manhã.

O grupo propôs a adoção do Acordo de Leniência (previsto em processos administrativos, onde a empresa admite conduta irregular e colabora com a investigação em troca de punições mais brandas) para diminiuir os impactos causados na economia pelo uso político indevido da Operação Lava-Jato. A presidente acolheu a ideia e já adiantou que pretende transformar a proposta em Medida Provisória. Ao fechar os acordos, as empresas podem ressarcir os cofres públicos em caso de recursos desviados e dar informações que podem resultar em outras punições. A colaboração contribuiria para o bom andamento das investigações e a retomada de obras interditadas pela Operação.

“Dilma foi bastante receptiva à construção do Compromisso pelo Desenvolvimento. Para ela, o Brasil vive um momento singular, em que a crise política tem sido um elemento dificultador às demais áreas. Nossa intenção é ajudar o Brasil a encontrar o caminho para recuperar o desenvolvimento e dar seqüência às grandes obras de infra-estrutura, prejudicadas, sobretudo pela Lava-Jato. Estudos comprovam que a referida operação tem provocado um impacto negativo na produção do PIB, atingindo hoje um percentual de 2,5%. Isso contribui para um processo de estagnação e profunda recessão ao País", declarou Adilson Araújo, presidente da CTB. Para Adilson, é preciso que todas as entidades representativas se unam no combate a esse retrocesso. 

Pascoal Carneiro, secretário de Trabalho e Previdência da CTB, falou sobre a importância da unidade entre empresários e trabalhadores pelo desenvolvimento. Os ministros falaram muito bem do documento. A construção deste plano de ação foi bastante positiva e, apesar do momento de dificuldade, as perspectivas são as melhores”, afirmou.

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