Em várias cidades do Brasil, entidades dos profissionais da saúde realizaram, nesta sexta (9), o ato nacional em defesa do pagamento do piso da enfermagem, já aprovado em lei. Em Salvador, o Sindsaúde Bahia e o Fórum Baiano de Enfermagem ocuparam a região do Iguatemi, quando protestaram.
O movimento repudia a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que suspendeu a Lei nº 14.434/2022, que institui o piso. Inexplicavelmente, o magistrado justifica a decisãao “até que seja esclarecido” o impacto financeiro da medida para estados, municípios e hospitais. Ele atendeu a um pedido da CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços).
Segundo a presidenta do Sindsaúde e secretária de Imprensa da CTB Bahia, Ivanilda Brito, essa luta tem mais de 30 anos e seguirá firme. "A mobilização ocorre no mesmo dia em que o pleno do STF julga a decisão de Barroso. Lutamos muito por essa conquista e, novamente, vamos lutar pelo cumprimento da lei e para que o piso entre rápido nos contracheques dos profissionais", afirmou.
Para a sindicalista, não se pode beneficiar as empresas privadas e filantrópicas, prejudicando os profissionais da enfermagem. "Vamos às ruas e ao Congresso. Vamos onde for preciso para pressionar e fazer com que os nossos direitos sejam respeitados”, destacou Ivanilda.
A lei publicada na edição do dia 05 de agosto do Diário Oficial da União define que os enfermeiros devem receber pelo menos R$ 4.750 por mês. Técnicos de enfermagem devem receber no mínimo 70% disso (R$ 3.325). Já auxiliares de enfermagem e parteiras têm de receber pelo menos 50% desse valor (R$ 2.375).
com informações do Sindsaúde