Vice-presidente da CTB destaca papel das centrais contra reforma trabalhista
Geral 06/09/2022 Escrito por:
O vice-presidente da CTB Bahia, Emanoel Souza, representou a entidade no Encontro Estadual do Mundo do Trabalho, realizado nesta terça (6), pela Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). O evento acontecu no auditório da Assembleia Legislativa da Bahia.
Vários debates tiveram a participação de profissionais que atuam com pesquisa, formulação e execução de políticas públicas relacionadas ao trabalho. Entre os especialistas estava a coordenadora do Dieese na Bahia, Ana Georgina, e o economista e pesquisador Marcio Pochmann, que palestrou no painel “Para onde vai o trabalho”.
Na abertura, o secretário Davidson Magalhães destacou a importância de uma nova ordem social no Brasil, que garanta o desenvolvimento econômico do País com a valorização do trabalho.
ATAQUE PARA DESORGANIZAR
Para Emanoel, os ataques da reforma trabalhista aos sindicatos foi para desorganizar os trabalhadores e abrir caminho à precarização das relações de trabalho. "É possível confirmar isso por um estudo da Confederação Sindical Internacional (CSI). Pelo 4º ano seguido, o Brasil está entre os 10 piores países do mundo para se trabalhar, em uma lista de 148 nações analisadas. O relatório foi divulgado em junho e mostra que entre as principais causas estão: o alto índice de assassinatos, repressão às greves e o enfraquecimento de negociações (houve redução de 45% no número de acordos coletivos assinados)", pontuou.
Segundo o dirigente, com a retirada de direitos e o enfraquecimento dos sindicatos, os empregos criados no Brasil são precarizados e sem direitos. "Por isso, as centrais lutam para fortalecer uma ampla frente para defender a democracia. Sem ela não se assegura os direitos trabalhistas, previdenciários e sociais.
Emanoel destacou a necessidade de fortalecer as entidades sindicais, mobilizar as categorias e lutar para abrir caminho a uma nova hegemonia avançada no país. "Precisamos mudar essa realidade e as eleições de outubro são o ponto da virada. Vamos eleger um presidente e uma bancada de deputados e deputadas ligadas às lutas sociais e da classe trabalhadora para isso", afirmou.