11 de agosto: a juventude quer estudar, trabalhar e viver com liberdade

11 de agosto: a juventude quer estudar, trabalhar e viver com liberdade
Foto: Nelson Almeida/Reuters

Geral 11/08/2021 Escrito por: CTB-Nacional

De acordo com o Censo Escolar 2020, existem no país 47,3 milhões de crianças e jovens matriculados no ensino básico, em 179.533 escolas. Apenas no ensino médio, são 7,6 milhões de estudantes, ou 89% da população entre 15 e 17 anos matriculados nas escolas. Isso significa que 11%, dessa parcela da juventude, estão fora da escola.

Pelo índice do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 29,8% dos jovens de 18 a 24 estavam sem emprego em 2020. Em 2018, 11 milhões de jovens nem estudavam nem trabalhavam.

Por isso, “os estudantes não arredam pé das redes e das ruas neste momento difícil que estamos passando”, argumenta Rozana. “Não há Brasil que supere a crise da pandemia do coronavírus senão tivermos institutos federais funcionando, porque o Bolsonaro quer fechar os institutos federais de ensino, com um corte de quase R$ 1 bilhão”.

Portanto, “não há Brasil quando não se tem estudante estudando, quando a maior parte da juventude não acessa a educação, porque o presidente da República entrou na justiça para impedir uma lei, que construímos com muito suor, possa ser implementada para garantir internet a 18 milhões de meninas e meninos que estão sem estudar por conta disso”, reforça a presidenta da Ubes.

Porque “educação, cultura e esporte são fundamentais para uma vida digna e absolutamente se complementam”, acentua Beatriz, “seja na perspectiva da formação intelectual, do desenvolvimento de habilidades, na promoção da saúde e porque não dizer dos mais diversos talentos”.

Para a diretora de Formação da CTB Jovem, essa “é uma perspectiva de vida altamente possível quando há orientação e financiamento”. Portanto, “não é possível que o Estado e governos estaduais e municipais apenas aguardem que dentro das condições sociais mais adversas, a juventude vá superar desafios”, isso, “além de desonesto é perverso, pois joga no indivíduo a exclusiva responsabilidade dos seus resultados”.

Rozana reforça esses argumentos ao dizer que “não há Brasil que avance quando temos o menor número de inscritos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 13 anos”. Esse “é o retrato claro do agravamento da desigualdade social, desse movimento difícil que os jovens passam de não ter acesso à educação, de viver no subemprego, vendendo balas nas sinaleiras”. Por isso, “neste 11 de agosto a juventude grita mais uma vez por “Vida, Pão, Vacina e Educação”.

Beatriz conclui ao afirmar que “é essencial associar a educação com a cultura, com o esporte e com o trabalho decente para uma vida digna e com saúde para todos os cidadãos. Só assim teremos desenvolvimento capaz de mover o país”.