Mulheres Trabalhadoras Fortalecem à Luta Antirracista
Geral 20/07/2021 Escrito por: Romice Mota
Por causa do Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha – 25 de julho -, o mês passou a ser chamado de Julho das Pretas. A CTB-Bahia, através da secretaria da Mulher, promove a primeira edição Classistas no Julho das Pretas. Serão várias atividades virtuais para denunciar racismo, violências, e a necropolítica do atual desgoverno brasileiro.
Intitulado Mulheres Trabalhadoras Fortalecem à Luta Antirracista. Será debatido entre os dias 26 a 31/07, questões relacionadas ao enfrentamento de opressões raciais e de gênero no mundo do trabalho além de denunciar a realidade vivida pelas mulheres negras na Bahia e no Brasil com vídeos de diversas dirigentes negras sobre uma história de racismo que as marcou muito.
A data foi criada em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, em Santo Domingo, capital da República Dominicana. Além de incorporar essa data ao calendário de lutas por direitos iguais, no Brasil, foi criado o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra em homenagem a essa importante liderança contra o escravismo.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres negras são mais de 55 milhões no país e chefiam mais de 40% das famílias negras e recebem, em média, 58% do que ganham as mulheres brancas. Em relação aos homens brancos, em 2019, elas ganhavam 66% a menos.
“Ser mulher trabalhadora em uma sociedade machista, capitalista e racista, que desvaloriza o trabalho não é fácil. Para nós classistas, é fundamental tratar das especificidades das formas de inserção das mulheres negras no mercado de trabalho, nosso objetivo é contribuir para o debate sobre desigualdades raciais e de gênero. Não basta mais não sermos racistas. Como nos ensina Ângela Davis, é necessário sermos antirracistas. Vidas negras importam! ” Pontuou Flora Lassance, secretária da Mulher da CTB-BA.