Aprovação a Bolsonaro cai 5 pontos e rejeição é recorde, diz pesquisa
Geral 04/02/2021 Escrito por: Romice Mota
A aprovação dos brasileiros à gestão Jair Bolsonaro continua em queda e já é similar igual à taxa registrada em julho de 2020, no auge da pandemia do novo coronavírus. Segundo a nova pesquisa PoderData, realizada de 1º a 3 de fevereiro, o apoio ao governo caiu cinco pontos percentuais em 15 dias e chegou, agora, a 40%.
Com a vacinação ainda em rimo lento, o repique de casos e mortes por Covid-19 no Brasil e o fim do auxílio emergencial, a rejeição ao governo Bolsonaro está no patamar recorde de 48%. É a mais alta proporção desde o início de junho, quando o PoderData começou a fazer a pergunta aos entrevistados. Já faz seis semanas que a desaprovação ao governo supera a aprovação.
A dificuldade na reação da taxa de aprovação coincide com o fim por completo do auxílio emergencial, que beneficiou cerca de 70 milhões de trabalhadores desempregados ou informais até dezembro de 2020. A popularidade de Bolsonaro foi impulsionada no período em que os pagamentos estavam sendo creditados.
Os homens (49%), os que cursaram até o ensino médio (48%) e os moradores da região Sul (61%) são os que mais aprovam a administração federal. Já os brasileiros de 16 a 24 anos (54%), os que cursaram até o ensino superior (59%), os moradores da região Nordeste (59%) e os que ganham de cinco a dez salários mínimos (63%) são, proporcionalmente, os grupos que mais rejeitam o governo.
“Parece que parte da população está entrando em compasso de espera para então fazer um juízo sobre o que vai acontecer mais adiante”, analisa o cientista político Rodolfo Costa Pinto, coordenador do PoderData. “A aprovação (ao governo) desceu de 45% para 40%. Os cinco pontos perdidos foram para a categoria de indecisos. É outro sinal de que o eleitor está entrando em ‘modo de observar’, sem adotar um dos lados.”
Na avaliação do trabalho pessoal de Bolsonaro, a rejeição é de 41%, e a aprovação, de 33%. Ainda há 22% que acham o presidente “regular”. Todas as taxas tiveram leves variações, dentro da margem de erro, desde o último estudo, divulgado 15 dias antes.
A rejeição ao presidente é maior que a aprovação em quase todos os estratos, com exceção das pessoas sem renda fixa – grupo que concentra grande parte dos beneficiários do auxílio emergencial. O efeito dos pagamentos ainda pode perdurar algumas semanas.
A pesquisa do PoderData ouviu 2.500 pessoas, em 519 municípios das 27 unidades federativas do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Com informações do Poder360