SindsaúdeBA e entidades do Nordeste retomam luta pela aprovação da PEC 19
Geral 18/11/2025 Escrito por:
Dirigentes sindicais da área da saúde dos estados da Bahia, Ceará e Pernambuco retomaram, nesta terça-feira (18), o processo de mobilização pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 19/2024), que estabelece o piso salarial para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras com base em uma jornada máxima de 30 horas semanais e reajuste anual não inferior à inflação. O encontro aconteceu pelo Google Meet.
Presidenta do SindsaúdeBA e secretária de Imprensa da CTB Bahia, Ivanilda Brito celebrou a boa presença de pessoas na retomada da luta. "Esse é o primeiro e vamos fazer encontros em outras regiões. Vamos desenvolver ações e provocar o governo para retomar diálogo e resolver o impasse. É importante construir uma reunião nacional da saúde e pensar ações, como o outdoor na Bahia (Se não votar a PEC, não volta (em 2026). Também vamos fazer um documento com a pauta da enfermagem para entregar ao governo Lula, senadores e deputados", pontuou.
A presidenta do SINDSAÚDE Ceará, Marta Brandão, lembrou que o piso já está defasado. "Nada funciona sem mobilização da categoria. Realizamos várias caravanas da saúde à Brasília para defender as demandas dos trabalhadores. Precisamos aumentar a pressão, nas redes e nas ruas para pressionar deputados e senadores.2026 é ano eleitoral, quando podemos avançar em nossas pautas. Lembrou da luta pelo PL 2564, que Arthur Lira não pautava. Fizemos ato na casa dele, em Alagoas. Ele recebeu os sindicalistas e colocou o projeto pra votar. Podemos fazer a Carta da Enfermagem Brasileira para Lula e o senador Otto Alencar (presidente da CCJ do Senado)", sugeriu.
Segundo Valdirlei Castagna, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), a enfermagem não pode se contentar com o que já conquistado. "Conseguimos a lei do piso e precisamos fazer estados e municípios cumprir. A categoria não pode se acomodar, mesmo que a mobilização esteja difícil. Precisamos de mais gente usando as redes sociais para ajudar a luta. Vamos superar as dificuldades e retomar atividades nacionais. Sugerimos uma reunião com representantes da Câmara, Senado e ministérios envolvidos com o tema e a construção de um grande movimento no primeiro trimestre de 2026", destacou.
MAIS SUGESTÕES
Vários dirigentes falaram na reunião. Confira:
Elgiane Lago, do Rio Grande do Sul e dirigente nacional da CTB: "Definir ações para pressionar o Congresso, além de conscientizar e politizar a categoria sobre a importância dessa luta".
Jusiaria, dirigente do Sindsaúde no Oeste da Bahia: "É hora de caravanas, como fizemos para conseguir a lei. Vamos buscar apoio dos outros sindicatos e virar esse jogo. Podemos chamar deputados e senadores da base do governo para aportarem recursos e garantir o cumprimento da Lei do Piso".
Fabrício Santana, dirigente do Sindsaúde no Sudoeste da Bahia: "A terceirização em massa enfraqueceu o poder de mobilização. Precisamos reverter isso".
Cristiane Conceição, do Sindsaúde da rede privada: "A partir de janeiro, é colocar o povo na rua e mostrar a luta nas festas populares, especialmente no Bonfim, convidando dirigentes de todo o Brasil. Podemos criar o Dia Nacional da PEC 19, com ações nos estados".
Marilene, servidora pública de Pedrão BA: "Precisamos retomar as mobilizações para pressionar deputados, senadore e governo".
Joana Angélica, Sindicato dos Servidores Ibirapitanga (BA): "É garantir o apoio aos sindicatos pequenos para mobilizar em suas cidades".
Élcio Dourado, assessor do Sindicato dos Servidores de Santa Maria da Vitória (BA): "Foi importante a criação da associação regional para unificar a luta na região. É importante esclarecer que prefeitos e governadores distorcem a interpretação da lei para não cumpri-la".