Antenada, Federação dos Bancários reúne a juventude; CTB Bahia participa  

Antenada, Federação dos Bancários reúne a juventude; CTB Bahia participa  

Geral 02/11/2025 Escrito por:

Com a finalização neste domingo (2), o 9º Encontro da Juventude Bancária da Bahia e Sergipe, realizado no Hotel Fazenda Mirage, em Amélia Rodrigues, mostra a FEEBBASE antenada com os anseios do segmento jovem da categoria.  
 
Na abertura, a presidente da Federação, Andréia Sabino, falou da importância do encontro para formação de novas lideranças e a renovação do movimento sindical bancário. "Trouxemos grandes palestrantes, tivemos muita troca de conhecimentos e vimos muita interação dos participantes, mostrando a força jovem da nossa categoria", disse, ao lado da vice-presidenta e dirigente da CTB Bahia, Thaise Mascarenhas. 

Um dos momentos mais emocionantes foi quando a plateia homenageou o idealizador do Encontro da Juventude e ex-presidente da Federação, Emanoel Souza.

CTB BAHIA PRESENTE

A CTB Bahia, também, contribuiu com os debates. A secretária de Formação, Déborah Irineu,  foi a palestrante no painel "Mundo do Trabalho e Juventude Bancária". A dirigente trabalhou o conceito de juventude e as características da juventude trabalhadora no Brasil, situando o tema dentro do contexto mais amplo do mundo do trabalho. 

"A inserção da juventude no mercado é marcada pela informalidade, pela entrada precoce, pela alta rotatividade e pelos baixos salários, elementos que expressam a condição estrutural de um país dependente e não desenvolvido. Essa precarização não é acidental. É funcional ao capitalismo, que encontra na juventude um terreno privilegiado para a exploração da mão de obra barata, flexível e desprotegida", pontuou.

Segundo Déborah, a lógica meritocrática e individualizante reforça essa exploração. Ao tratar especificamente da juventude bancária, a dirigente mostrou que esse público se tornou um espelho das transformações do trabalho no Brasil. "O setor bancário, historicamente associado à estabilidade e ao prestígio social, hoje se converteu em um laboratório da reestruturação capitalista, marcado pela digitalização, pela terceirização e por novas formas de controle e vigilância sobre o trabalho", destacou.

Para a sindicalista, que é professora e mestre em Geografia, a juventude bancária vive o paradoxo de ser altamente qualificada e, ao mesmo tempo, submetida à intensificação das metas, à pressão constante e ao adoecimento físico e mental. "A inovação tecnológica, que poderia servir à humanização do trabalho, tem sido usada como instrumento de intensificação e de substituição da força humana", criticou.

O encontro debateu, ainda, os temas: Futuro do Sistema Financeiro, Ativismo Digital de Base, Futuro do Trabalho e Inteligência Artificial (IA), e Política X Trabalho e seus impactos na juventude. 

com informações da FEEBBASE