Centrais apresentam propostas para guerra comercial e proteção do emprego

Centrais apresentam propostas para guerra comercial e proteção do emprego
Foto: Adriano Henrique / Secretaria Geral da Presidência da República

Geral 18/07/2025 Escrito por:

No dia 16 de julho, os presidentes das Centrais Sindicais se reuniram com ministros e empresários, todos convidados pelo governo Lula, quando apresentaram propostas para enfrentar os impactos da guerra comercial desencadeada pelas medidas dos Estados Unidos.

O documento "Soberania, Emprego e Desenvolvimento" alerta para os riscos a nossa economia: desindustrialização,  desorganização de cadeias produtivas e emprego. E defende um projeto de desenvolvimento que priorize a inclusão social, a geração de empregos e a redução das vulnerabilidades externas.

As entidades apoiam à postura do governo Lula (PT) e propõem ações coordenadas para fortalecer a produção nacional e proteger os trabalhadores. Confira as propostas:

1. Defesa da Produção Nacional

- Fortalecimento de medidas antidumping e salvaguardas comerciais.
- Investimento em inovação e infraestrutura, com foco em tecnologias críticas como inteligência artificial e hidrogênio verde.
- Estímulo às compras públicas com conteúdo local e revisão da Lei de Patentes.

2. Proteção do Emprego e Renda

- Recriação de programas de proteção ao emprego para trabalhadores afetados pela guerra comercial.
- Investimento em qualificação profissional, com foco em setores estratégicos.

3. Diálogo Social e Negociação Coletiva

- Criação de espaços permanentes de concertação entre governo, empresários e trabalhadores.
- Inclusão de representantes sindicais na formulação de políticas industriais e comerciais.

4. Transição Ecológica Justa

- Implementação de um plano nacional de descarbonização com geração de empregos verdes.
- Estímulo à bioeconomia e à economia circular, especialmente na Amazônia Legal.

5. Nova Estratégia Comercial

- Revisão de acordos internacionais que fragilizem a indústria nacional.
- Fortalecimento do Mercosul e da cooperação Sul-Sul.

As Centrais destacam que o diálogo social é essencial para construir soluções negociadas e garantir que a classe trabalhadora seja "não apenas sujeito, mas beneficiária do crescimento". O encontro apontou respostas à crise, com foco em soberania produtiva e justiça social.  

Assinam o documento:

Adilson Araújo (CTB)
Sérgio Nobre (CUT)
Miguel Torres (Força Sindical)
Ricardo Patah (UGT)
Moacyr Tesch Auersvald (NCST)
Antonio Neto (CSB)

com informações do Diap