CTB fortalece ato por justiça para Paulo Colombiano e Catarina Galindo

CTB fortalece ato por justiça para Paulo Colombiano e Catarina Galindo

Geral 27/06/2025 Escrito por:

Nada mais simbólico do que um ato no Tribunal de Justiça da Bahia para exigir julgamento, condenação e prisão dos mandantes e executores do sindicalista Paulo Colombiano e sua esposa Catarina Galindo. Nesta sexta (27), sindicalistas, políticos, militantes dos direitos humanos lembraram os 15 ano dos assassinatos e exigiram justiça para um crime que já tem identificados todos os criminosos.

Os discursos lembraram da trajetória de Colombiano nas lutas sociais e no Sindicato dos Rodoviários, e da dedicação de Catarina ao trabalho político no PCdoB. "Não podemos aceitar essa demora. Tomamos a decisão de levar o caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos [órgão judicial internacional composto por sete juízes nacionais dos Estados membros da Organização dos Estados Americanos]. Vamos dar repercussão internacional ao caso para que a Justiça brasileira tome providências. O que exigimos é simples: júri popular imediato", disse Geraldo Galindo, presidente do PCdoB da Bahia e irmão de Catarina.

A presidenta da CTB Bahia, Rosa de Souza, reafirmou o compromisso da Central para ajudar a acelerar esse processo. "Há 15 anos, marcamos presença e mobilizamos nossos sindicalistas para os atos organizados. Colombiano era um exemplo de dirigente sindical, sempre correto e queria apenas o melhor para sua categoria, sendo assinado por isso, junto com sua esposa. O movimento sindical classista seguirá firme com as famílias até que os culpados sejam presos", afirmou.

Falaram no ato reforçando as críticas à lentidão do Judiciário baiano e brasileiro: Tiago, filho de Colombiano; o presidente do Sindicato dos Rodoviários e vereador Hélio Ferreira (PCdoB); o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB); a dirigente do SindsaúdeBA e vereadora Aladilce Souza (PCdoB); Rui Oliveira (coordenador geral da APLB); Marlede Oliveira (APLB Feira de Santana); Roberto Santana (Sindibeb); Carlos Silva (SINTRACOM / FETRACOM); Anderlei Costa (SintraSuper); Antônio Bonfim (ASSUFBA); Javier Alfaya (dirigente nacional do PCdoB); e Augusto Vasconcelos (secretário do Trabalho da Bahia). Marcaram presença dirigentes de vários sindicatos, como bancários, comerciários, SintraSuper, construção civil, rodoviários e metalúrgicos.

O CASO

O crime ocorreu em 28 de junho de 2010. Paulo Colombiano, tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários, e sua esposa, Catarina Galindo, foram executados a tiros no bairro de Brotas, em Salvador. As investigações apontaram como mandantes os empresários e irmãos Claudomiro César Ferreira Santana e Cássio Antônio Ferreira Santana, donos da empresa de saúde MasterMed, que prestava serviços ao sindicato. O motivo: Colombiano havia descoberto e denunciado um esquema de desvio de recursos da entidade, estimado em mais de R$ 34 milhões.

Segundo a Polícia Civil, os executores foram Adailton de Jesus, Edilson Duarte de Araújo e Wagner Luiz Lopes de Souza, todos identificados e indiciados. Chegaram a ser presos preventivamente em 2012, mas respondem ao processo em liberdade.

O caso se arrasta há anos, marcado por manobras jurídicas e sucessivos recursos. Em 2017, uma sentença de primeira instância foi anulada pela 2ª Turma da 1ª Câmara Criminal do TJ-BA, sob a alegação de “excesso de linguagem” do juiz responsável. Desde então, o processo permanece sem desfecho, aguardando movimentação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no próprio TJ-BA. 

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com informações do PCdoB Bahia