Uma noite para reafirmar solidariedade à Cuba e ao povo cubano, nesta quinta-feira (22). A Convenção da Bahia em apoio ao país caribenho aconteceu no Sindicato dos Bancários da Bahia, promovida pelo Cebrapaz e com apoio da CTB Bahia e outras entidades. O evento conduzido pela presidenta da Associação José Marti, Ivone Souza, contou com reflexões da conselheira da embaixada de Cuba no Brasil, Idalmis Beltrán, e da deputada federal Alice Portugal (PCdoB), presidenta do Grupo Parlamentar Brasil/Cuba na Câmara Federal.
Em sua saudação, a presidenta da CTB Bahia, Rosa de Souza, destacou que a solidariedade à Cuba e ao povo cubano é um compromisso do sindicalismo classista. "Parabenizo o Cebrapaz e todas as entidades organizadoras desse ato. Falamos de um povo heroico, que inspira a nossa luta por uma sociedade justa e humana. Lutar contra o bloqueio econômico imposto a esse país irmão pelos EUA, é uma causa importante que mobiliza milhões de pessoas no mundo", afirmou.
Anfitrião do encontro, o presidente do Sindicato dos Bancários, Elder Perez, reforçou o sentimento solidário do movimento sindical à Cuba e fez um relato importante. "Ir à Cuba é uma experiência humanizante. Vi um povo feliz, muito inteligente e antenado com a história dos outros povos. Precisei ir ao dentista e a médica que me atendeu perguntou se eu era vegetariano. Disse que sim e indaguei porquê me fez a pergunta. Ela me explicou que era por causa do pouco desgaste nos meus dentes. Isso é impensável em outros lugares. No restaurante, o garçom quis saber de onde eu era. Quando falei que era da Bahia, deu uma aula de história sobre a gente. Só podemos ser solidários a esse povo", destacou.
REFLEXÕES IMPORTANTES
Os impactos do bloqueio à Cuba foi tratado pela deputada Alice Portugal. "A luta continua contra esse bloqueio econômico, diplomático e racista, e seguimos denunciando como ele afeta diretamente a energia, a saúde e o cotidiano do povo cubano. Mesmo diante de tantas adversidades, Cuba e seu povo resiste com dignidade, oferecendo ao mundo o exemplo de um país que prioriza a educação, a justiça social e a humanidade", pontuou.
Idalmis Beltrán atualizou os participante sobre a atual de Cuba. "É uma situação difícil, mas resistimos. Podemos fazer muitos medicamentos para ajudar pessoas no mundo e reforçar nossa economia, mas não nos deixam vender e não deixam outros países comprarem. Seguimos ajudando os povos do mundo, em situações de desastres naturais e como em países da África, onde nossos médicos foram para ajudar a combater a epidemia da febre hemorrágica de Ebola, uma doença grave e fatal. Nosso povo só quer que nos deixem trabalhar e viver em paz. Certamente, sem o bloqueio, teríamos mais desenvolvimento", enfatizou.
