Mínimo de R$ 1.518 injetará R$ 81,5 bilhões na economia; Centrais prometem luta

Mínimo de R$ 1.518 injetará R$ 81,5 bilhões na economia; Centrais prometem luta
Foto: Vermelho / Cris Faga / Fox Press

Geral 03/01/2025 Escrito por:

Com o governo Lula (PT) garantindo aumento real (reajuste acima da inflação), o novo valor do salário mínimo (de R$ 1.518,00) terá grande impacto na economia em 2025, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). São 59,9 milhões de pessoas com rendimento referenciado no piso nacional. Estima-se o valor de R$ 81,5 bilhões de incremento de renda na economia e R$ 43,9 bilhões de aumento na arrecadação tributária sobre o consumo. 

O reajuste de 7,50% corresponde à inflação de 4,84%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE, do período de dezembro de 2023 a novembro de 2024, mais 2,5% de ganho real, conforme a Lei 15.077/2024, que alterou o Novo Arcabouço Fiscal (NAF) e a Política Nacional de Valorização do Salário Mínimo (PNVSM). 

CENTRAIS VÃO À LUTA

Mesmo com o limite no ganho real de até 2,5% do PIB dos dois anos anteriores, a política de valorização do benefício, segundo o Dieese, "ajuda na ampliação do mercado consumidor interno e fortalece a economia brasileira". As centrais sindicais entendem que garantir reajuste acima da inflação é positivo, mas o governo deve enfrentar a ofensiva do mercado financeiro e da extrema-direita (que querem ajustes fiscais em cima dos pobres). 

As entidades prometem mobilização e luta neste ano para retomar a fórmula de reajuste anterior: reposição da inflação do ano e o percentual cheio do PIB. Em sua Nota Técnica, o Dieese compara: se o valor fosse de R$ 1.528,00, caso aplicada a variação de 3,2% do PIB de 2023, os resultados seriam: Renda adicional: R$ 89,2 bilhões e arrecadação tributária adicional: R$ 48,0 bilhões. 

com informações do Dieese