As ruas das capitais e de várias cidades do País foram tomadas, nesta terça-feira (10), por sindicalistas, estudantes e populares no Dia Nacional de Mobilização, organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, com apoio da CTB e demais centrais sindicais. A manifestação no Dia Internacional dos Direitos Humanos defendeu o fim da Escala de Trabalho 6x1, contra a PEC do Estuprador e pela prisão de Jair Bolsonaro, dos militares e outros golpistas do 8 de janeiro de 2023.
Liderados pela CTB Bahia, vários sindicatos e dirigentes classistas participaram da caminhada e discursaram durante o trajeto feito do Campo Grande até a Praça Castro Alves, em Salvador. Além do secretário de Combate ao Racismo, Jerônimo Silva Jr, que conduziu o ato, marcaram presença dirigentes da Assufba, APLB, Sindicato e Federação dos Bancários, FEC Bahia, Comerciários, Sintracom, Fetracom, Metalúrgicos, SintraSuper, Servidores Municipais, Sinpojud, Sindsaúde, Sindbebi e Sinposba, entre outros. Além de lideranças de entidades como UBM, UNEGRO, UJS, UEB e UNA-LGBT.
"É hora dos movimentos sociais intensificarem a conscientização e convocar a população para ir às ruas em 2025. Só assim, poderemos barrar esses absurdos que a extrema-direita quer impor. Estamos com um Congresso Nacional conservador e só povo na rua para garantir a redução da jornada de trabalho, essencial para os trabalhadores e as trabalhadoras terem mais qualidade de vida. Para não deixar passar essa PEC que penaliza as mulheres brasileiras, para assegurar prisão aos golpistas e a isenção de IR até R$ 5 mil, imediata", afirmou Emanoel Souza, vice-presidente da CTB Bahia.
Presidente do Sindicato dos Bancários e vereador pelo PCdoB, Augusto Vasconcelos reforçou a justeza da luta. "É preciso repactuar as relações de trabalho, que foram totalmente precarizadas com a reforma trabalhista feita no governo de Michel Temer e ampliada no governo Bolsonaro. Foram vários retrocessos e, agora, precisamos reverter esse quadro. Aqui na Avenida Sete, vemos muitos comerciárias e comerciários que sofrem por conta da Escala 6x1. As pessoas precisam ter tempo para a família e o lazer. O Brasil não pode mais fugir do debate sobre a redução da jornada de trabalho", destacou.
O presidente do PCdoB da Bahia, Geraldo Galindo, ressaltou que a luta pela redução da jornada de trabalho e pela democracia sempre fez parte da trajetória do partido. "Fomos a organização que mais sofreu na ditadura militar. Por isso, é fundamental alertar nosso povo para a importância de punir Bolsonaro e os golpistas. No Congresso, nossos parlamentares atuam pela aprovação da PEC que acaba a Escala 6x1 e contra a PEC do Estuprador. Estaremos nas ruas com as demais entidades nessa caminhada", enfatizou.