CTB Bahia e parlamentares classistas reforçam luta pelo fim da escala 6x1

CTB Bahia e parlamentares classistas reforçam luta pelo fim da escala 6x1

Geral 15/11/2024 Escrito por:

Nesta sexta (15), de feriado da Proclamação da República, o Brasil se movimentou em torno da PEC que propõe o fim da escala de trabalho 6x1 e a redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais, das deputadas federais Érika Hilton (PSOL-SP) e Alice Portugal (PCdoB-BA). Atos aconteceram em várias cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Vitória, Porto Alegre e Salvador, com manifestação no Farol da Barra.  Ao lado dos parlamentares classistas Alice, Daniel Almeida (PCdoB) e Lídice da Mata (PSB), a CTB Bahia marcou presença com o vice-presidente Emanoel Souza e dirigentes do Sinpojud, Sindibeb, Comerciários, SintraSuper, Bancários, Metalúrgicos, Químicos, Sinposba, Sintracom, FEC Bahia, Fetracom, APLB e Sindsaúde.

"A redução da jornada de trabalho é uma luta histórica do movimento sindical brasileiro. Vamos reforçar o apoio à aprovação da PEC com outras ações. Esse é o primeiro grande ato após a grande repercussão da proposta das nossas parlamentares. A CTB estará mobilizando seus sindicatos para reforçarem os próximos, pois menos jornada garante mais empregos, mais saúde e mais qualidade de vida ao nosso povo  e à classe trabalhadora", disse Emanoel.

Proposto pelo movimento Vida Além do Trabalho (VAT), o abaixo assinado eletrônico exigindo o fim da escala 6×1 já contabiliza mais de 2,8 milhões de assinaturas até o dia 13 de novembro. Na quinta-feira (13), a PEC conquistou mais do que o número de assinaturas necessárias (171) e começou a tramitar na Câmara Federal. ASSINE A PETIÇÃO AQUI.

APOIO DE ALICE, DANIEL E LÍDICE

Na Bahia, três parlamentares ligados à luta classista da CTB marcaram presença na manifestação. Coautora da PEC, Alice Portugal falou da importância da proposta. "Estamos atualizando essa luta, enfrentando a exploração crescente causada pela uberização, o trabalho remoto sem regulamentação e jornadas que ultrapassam os limites da dignidade. Reduzir a jornada e garantir dois dias de descanso semanal significa mais qualidade de vida, aumento de produtividade e justiça trabalhista. Essa é uma causa suprapartidária", afirmou.

"Nas últimas décadas, com o avanço tecnológico, a produção e a concentração de renda aumentaram significativamente. Já passou da hora dos trabalhadores usufruírem desses ganhos com uma relação de trabalho mais justa, incluindo a redução da carga horária e melhores remunerações", disse Daniel Almeida.

Para Lídice da Mata, essa é uma pauta que tem a adesão da sociedade e da classe trabalhadora. "O político que não se atentar a isso terá uma surpresa nada agradável em 2026. A redução da jornada promove uma maior humanização das relações sociais, aumenta a qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras, e reduz a incidência de doenças ocupacionais, o estresse e a ansiedade", pontuou.