SINTRACOM quer dar um "tapa na cara" da violência com campanha Feminicídio Zero
Geral 08/09/2024 Escrito por:
Nada melhor do que o Dia da Independência e do Grito dos Excluídos para o SINTRACOM-BA lançar uma campanha importante para as mulheres da construção civil. No seu auditório cheio de trabalhadoras e trabalhadores, a entidade lançou a adesão do Sindicato à campanha de Mobilização Nacional pelo Feminicídio Zero. É para dar, literalmente, um "tapa na cara" da violência contra as mulheres.
"Através da diretoria de Mulheres, nosso sindicato vai convocar as trabalhadoras e toda categoria para se engajarem nesta campanha importante para combater a violência contra as mulheres. Vamos levar essa campanha aos canteiros de obras em Salvador e cidades da base do SINTRACOM", afirmou Sônia Maria, diretora da FETRACOM e dirigente da CTB Bahia.
Segundo a dirigente, a campanha de Mobilização Nacional pelo Feminicídio Zero foi lançada nacionalmente em 23/08, em Brasília, com a presença de representantes do governo, movimentos sociais e times de futebol. O SINTRACOM-BA esteve presente ao lado da União Brasileira de Mulheres (UBM), parceira nessa luta.
O evento foi construído pela Comissão de Gênero do SINTRACOM-BA: Nery, Hercília, Sônia, Lúcia, Arilson, Raiulécio, Antônio Marcos e Ailton. Participaram do lançamento da campanha a presidenta da CTB Bahia, Rosa de Souza; o presidente licencidado dos Bancários, Augusto Vasconcelos; a dirigente dos Bancários, Nole Fraga; Aida Bittancourt, diretora da Federação dos Arquitetos da Bahia; e Fátima Barreto, que foi a primeira secretária geral do Sindicato.
TRISTES NÚMEROS
De acordo com a presidenta da Flemacom, Lúcia Maia, um dos principais objetivos da mobilização pelo Feminicídio Zero é fortalecer o DISQUE 180. "É o canal de apoio e denúncia para todas as mulheres, garantindo o anonimato de quem faz a denúncia. Nós, mulheres da construção, estaremos engajadas nessa campanha para tentar conter esse absurdo que é o feminicídio no Brasil", enfatizou.
Dados do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram o grau de violência de gênero no Brasil: 1.467 mulheres morreram vítimas de feminicídio em 2023. A cada 6 horas, uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil. E 63% das vítimas são mulheres negras, demonstrando a necessidade de ações que integrem as questões de gênero e raça.
com informações do SINTRACOM-BA