CTB e centrais lançam aplicativo para combater assédio eleitoral no trabalho

CTB e centrais lançam aplicativo para combater assédio eleitoral no trabalho
Foto: Alejandro Zambrana / TSE

Geral 04/09/2024 Escrito por:

Durante live realizada nesta terça (3), as centrais sindicais lançaram um aplicativo que as pessoas denunciem a prática antidemocrática e criminosa do assédio eleitoral. A ferramenta é para evitar que trabalhadores ou servidores públicos sofram pressão direta ou indireta de patrões ou chefes imediatos para votar em determinado candidato. As centrais sindicais e Ministério Público do Trabalho (MPT) também disponibilizaram cartilhas educativas sobre o tema.

Em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), a iniciativa partiu da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Pública, Intersindical.

Secretário-geral da CTB, Ronaldo Leite, expressou indignação com as tentativas de empregadores de interferir nas eleições. “É inadmissível que os patrões usem seu poder econômico para alterar o resultado das eleições”, afirmou Leite. O sindicalista enfatizou a necessidade de denunciar todos os casos de assédio eleitoral para proteger a democracia.

DENÚNCIA PELO SITE

A denúncia pode ser feita na página do Fórum das Centrais Sindicais AQUI. Os dirigentes explicaram que os trabalhadores não vão precisar baixar o app. Os sites das centrais e o MPT vão colocar em suas páginas o QR Code onde o trabalhador, com seu celular, poderá acessar o canal e denunciar se estiver sendo vítima de assédio eleitoral no ambiente de trabalho.

Segundo a procuradora do MPT, Priscila Moreto, o assédio eleitoral, muitas vezes, ocorre de maneira sutil, quando um empregador defende que seus funcionários votem em determinado candidato porque, assim, a empresa continuará crescendo. Caso o trabalhador não vote no candidato do patrão, o empregador diz que haverá mudanças, quando não demissões. Essa é uma das formas do assédio eleitoral”, disse.

"Assédio eleitoral é crime e o MPT estará atento a toda e qualquer denúncia que chegar pelo app”, afirmou a procuradora do trabalho, Danielle Olivares Corrêa. Nas eleições de 2022, as centrais e o MPT fizeram a mesma parceria. O resultado foi o recebimento de 3,5 mil denúncias de assédio eleitoral, um percentual 1.600% maior do que o registrado nas eleições de 2018. Dados do sistema do MPT, mostram que, em 2022, foram expedidas 1.512 recomendações e ajuizadas 105 ações civis públicas contra o assédio eleitoral.

com informações da CTB Nacional e Vermelho