Com expectativa de reunir 5 mil trabalhadores, o Fórum das Centrais Sindicais convocam ato no dia 22 de maio, em Brasília. A decisão foi tomada na quinta (9), em reunião dos presidentes das principais centrais do Brasil, cumprindo a resolução da 3ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat 2022).
Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Adilson Araújo diz que o alvo é a política macroeconômica, especialmente por conta da política de juros do Banco Central. “O movimento sindical entende que o governo tem uma agenda positiva para os trabalhadores, que se soma a projetos estratégicos como o PAC (Programa de aceleração do Crescimento) e à NIB (Nova Indústria Brasil). Mas esse conservadorismo patrocinado pelo Roberto Campos Neto colide com o nosso objetivo – que é um novo projeto nacional de desenvolvimento”, afirma.
O sindicalista lembra que, após um e cinco meses de governo, "Lula já avançou com a retomada da política de valorização do salário mínimo, a lei de igualdade salarial, viabilização do piso nacional da enfermagem e outras iniciativas. Mas, os trabalhadores não sentiram essas conquistas – e não vão sentir enquanto houver juros altos, arcabouço fiscal e déficit zero”.
Segundo Araújo, o ato unitário vai deixar claro que os juros altos têm rebatimento direto na inflação dos alimentos. "Enquanto a China amplia a oferta de crédito e a taxa de investimento, o Brasil fica preso às armadilhas do arcabouço”, enfatiza.
PRIORIDADES E SOLIDARIEDADE
Para o presidente da CTB, o Brasil voltou a figurar entre as dez maiores economias do mundo. "Mas, esse crescimento, no entanto, foi acompanhado de arrocho salarial e mais concentração de renda. As centrais precisam defender uma política que priorize investimentos, crescimento e desenvolvimento. Estamos vivendo a tragédia no Rio Grande do Sul, mas vamos viver outras catástrofes. Ou radicalizamos num projeto ambicioso de infraestrutura, ou ficaremos para trás.”
Adilson reforça que o movimento sindical segue dedicado a apoiar a população gaúcha com ações de solidariedade. "Para as centrais, a força-tarefa pela reconstrução do Rio Grande do Sul tem de conciliar ações nacionais e locais, para evitar demissões em massa e retirada de direitos", destaca.
com informações da CTB Nacional