Dirigente da CTB defende mais leis para saúde da classe trabalhadora

Dirigente da CTB defende mais leis para saúde da classe trabalhadora
Antônio Lago media o debate ao lado do vereador Augusto Vasconcelos (à direita)

Geral 25/04/2024 Escrito por:

Nesta quarta-feira (24), dirigentes sindicais participaram do seminário "Panorama e desafios para a proteção da saúde do trabalhador e da trabalhadora", realizado pelo Fórum em Defesa do Meio Ambiente do Trabalho na Bahia (FORUMAT). O evento celebra o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, a ser celebrado no próximo dia 28.

Participaram dos debates, o secretário do Trabalho da Bahia, Davidson Magalhães; Dra. Silvia Teixeira,  do TRT 5ª Região; Dr. Maurício Brito, procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho; Dra. Fátima Freire,  coordenadora do FORUMAT e superintendente Regional do Trabalho; Augusto Vasconcelos, vereador do PCdoB e presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia. 

A CTB Bahia foi representada por Antônio Lago, que é dirigente do Sinposba e mediou um dos debates. "Foi um seminário produtivo e explicativo para esclarecer temas importantes sobre a saúde da classe trabalhadora. Mostrou que sindicatos e trabalhadores precisam estar mais organizados e unidos para garantir a efetividade das normas regulamentadoras que protegem a saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras. Precisamos estar atentos e pressionar o Congresso Nacional para fazer leis que ampliem a proteção social, sobretudo para quem está na informalidade e os terceirizados", defendeu.

AUMENTO DA EXPLORAÇÃO E PRECARIZAÇÃO

Segundo Davidson Magalhães, é grave observar que vivemos um desafio muito grande. "Há, novamente, uma outra onda de precarização do trabalho se estende ao mundo do trabalho fruto da contra-revolução neoliberal que se iniciou na década de 70. Iniciativas como esse seminário, e outras provenientes da Agenda Bahia do Trabalho Decente já são respostas da sociedade contra esta exploração histórica, que adoece os trabalhadores. Vamos em frente", afirmou.

Para Augusto Vasconcelos, esse discurso bonito da modernização das relações de trabalho só camufla o aumento do grau de exploração da mão de obra. "Hoje, temos condições de reduzir a jornada de trabalho para se trabalhar menos com a mesma produtividade, ajudando a gerar mais empregos e preservar a saúde das categorias profissionais. Não podemos aceitar pessoas trabalhando mais horas e adoecendo, e milhões de desempregados", afirmou.

Fátima Freire lembrou que nos governos anteriores houve muitos ataques aos direitos sociais e trabalhistas, além de um esvaziamento dos órgãos de fiscalização do ambiente de trabalho. "Vivemos um novo momento com o governo Lula, que recriou o Ministério do Trabalho e Emprego para reverter esse quadro difícil de precarização, doenças e acidentes do trabalho. A STRE tem tomado várias medidas junto com as centrais e os sindicatos para proteger direitos e a saúde das categorias. Essa parceria, inclusive envolvendo entidades patronais, vai ajudar muito nessa luta", enfatizou.