CTB caminha com as mulheres por igualdade, contra violência e a exploração

CTB caminha com as mulheres por igualdade, contra violência e a exploração

Geral 08/03/2024 Escrito por:

O Centro de Salvador foi tomado por lideranças femininas e entidades para celebrar o 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres. Com um trio elétrico, milhares de pessoas acompanharam a caminhada, que saiu do Campo Grande e chegou à Praça Castro Alves. Esse ano, a palavra de ordem central foi "Mulheres na luta, em defesa dos nossos corpos, territórios e identidades. Por democracia, contra a violência e a exploração".

Reforçando o tema geral e com sua mensagem "Trabalhadoras por igualdade salarial, democracia, mais mulheres na política e contra todos os tipos de violência", a CTB Bahia se uniu às entidades feministas, aos partidos de esquerda como o PCdoB, PT e PSB, além das deputadas comunistas Alice Portugal (federal) e Olívia Santana (estadual).

"Voltamos às ruas para reafirmar nosso compromisso com o novo Brasil que está sendo construído sob o comando do presidente Lula, que implantou a política de valorização do salário mínimo e a lei da igualdade salarial entre homens e mulheres. Nossa luta é, também, para ocupar mais espaços de poder, especialmente na política", afirmou Rosa de Souza, presidenta da CTB Bahia.

Parlamentar de destaque na Câmara Federal, Alice Portugal reforçou a importância da participação feminina na política. "Nossa luta é pela vida, por direitos, contra a violência, por democracia e pela igualdade. Hoje é mais um dia de resistência em defesa de um país com mais mulheres na política, nos espaços de poder e na ciência. Não podemos aceitar que somos maioria do eleitorado e da população e ter baixa representação política. Somos 16% nas câmaras municipais, 12,1% nas prefeituras, 18% nas assembleias legislativas, 16,9% na Câmara Federal e 18% no Senado. Vamos atuar para mudar essa realidade", destacou.

Além da defesa dos direitos femininos, Olívia Santana é uma voz na defesa dos direitos humanos. Ela falou da necessidade de se combater a violência. "Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no ano passado, 1.463 brasileiras foram vítimas de feminicídio no Brasil. A violência doméstica cresceu quase 3%, chegando a mais de 245,7 mil agressões em 2022. Cerca de 33 % das brasileiras com 16 anos ou mais sofreram violência física e/ou sexual por parte de parceiro íntimo ou ex ao longo da vida. Outras 29% passaram por algum tipo de violência ou agressão em 2022. É importante reforçar políticas públicas de proteção, como implantar mais delegacias da mulher e mais centros de referências, por exemplo. 

Mais importante ainda, nessa luta difícil, é a sororidade feminina. Trata-se de uma significativa prática cotidiana de empatia, confiança, cooperação e acolhimento entre mulheres. Hoje, celebramos a luta de todas as mulheres baianas e brasileiras.