A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de manter 44 horas semanais como referência para o pagamento do valor e a regionalização do piso da enfermagem, é duramente criticada pelas entidades que representam a categoria em todo o País. No caso do setor público, o STF tinha validado o pagamento imediato do benefício.
Depois do julgamento de sete recursos sobre o assunto, a maioria dos ministros decidiu manter as 44 horas e determinou a negociação coletiva regionalizada sobre o pagamento do piso no setor privado. A decisão final seguiu o entendimento do ministro Dias Toffoli, que também autorizou a redução salarial em caso de redução de jornada.
Para a presidenta do SindsaúdeBA, Ivanilda Brito, foi um retrocesso diante de todos os esforços e debates feitos nesses anos. "Nossa luta garantiu o pagamento do piso em lei federal. Depois, com deputados ligados a nossa causa, foram assegurados os recursos para que estados e municípios possam pagar os valores. Agora, essa infeliz decisão. Mas, estamos atuando junto às entidades nacionais e regionais de enfermagem para agir juridicamente e com novas ações políticas", afirma.
Segundo a dirigente, que tamém é secretária de Imprensa da CTB Bahia, a decisão do Supremo pode acentuar as desigualdades salariais no setor, prejudicando ainda mais os profissionais das regiões Norte e Nordeste. "Nossa luta é pela aplicação integral da Lei 14.434", enfatiza.
Com informações do SindsaúdeBA