Para marcar os 16 anos da CTB, solicitamos depoimentos de dirigentes importantes na construção dessa trajetória significativa da Central. O primeiro é Pascoal Carneiro, metalúrgico, dirigente nacional da entidade e ex-presidente da CTB Bahia.
A FUNDAÇÃO
A fundação da CTB, em 2007, se deu em função da necessidade, no Brasil, de uma central sindical classista, que buscasse a unidade dos trabalhadores e das trabalhadoras. Que defendesse a unicidade sindical e o financiamento dos sindicatos, a reforma agrária e por igualdade de salários entre homens e mulheres. Isso fez um grupo de sindicalistas de várias correntes de pensamento no movimento sindical, da cidade e do campo, realizar várias reuniões e debates. Chegamos a conclusão de que tínhamos todas as condições de fundar uma Central combativa.
TRAJETÓRIA E BAHIA
A CTB completa 16 anos como a segunda maior central do País. Sua trajetória é de muita luta, conquistas e vitórias. E de muita camaradagem e solidariedade entre seus sindicatos filiados. Sua centralidade está na base, em seus sindicatos. E não na cúpula. Na Bahia, fundamos a primeira estadual da CTB, que teve o bancário Adilson Araújo como seu primeiro presidente. Depois, elegemos o metalúrgico Aurino Pedreira.
DIFICULDADES
Quando assumi a Presidência da entidade, em 2017, era o primeiro ano do governo golpista de Michel Temer, que liquidou vários direitos dos trabalhadores e com a contribuição sindical obrigatória, dificultando muita para os sindicatos e as centrais.
FAZENDO ACONTECER
Mesmo diante dessas dificuldades, conseguimos fazer muita coisa, como interiorizar a Central, organizar melhor as regionais (entregamos 13 organizadas), aumentar o número de sindicatos filiados, melhorar a organização interna, e equacionar todas as dívidas existentes. A CTB é a que mais cresce por conta da sua combatividade, seriedade e a relação democrática que mantém com os sindicatos e seus dirigentes.