Frentistas conquistam reajustes de 7% e 5,3% para pisos e alimentação de R$ 420,00

Após meses de negociação e intransigência patronal, os trabalhadores e trabalhadoras de postos de combustíveis da Bahia assinaram uma boa Convenção Coletiva de Trabalho. Segundo o Sinposba, foi uma campanha realizada em um cenário político desfavorável, mas com um acordo após três anos. Precisou de paralisações, protestos e atos nos locais de trabalho.

Para chegar ao resultado final, aconteceram várias reuniões e mediações da Superintendência Regional do Trabalho, que ajudaram nos debates e viabilizaram as negociações. O acordo tem a  vigência de dois anos e, em 2024, serão discutidas as cláusulas econômicas.

"Já falamos da mobilização que garante o fortalecimento nas negociações. Mas, é preciso que nossa categoria aumente sua consciência de classe e sua valorização enquanto força de trabalho. Não basta só cobrar atuação da Diretoria. É necessário entender que cada um de nós é responsável pela luta. Do outro lado, estão os patrões, que só pensam em lucros e que não respeitam e não valorizam nosso trabalho. O sindicato é cada um em seu local de trabalho e a união sempre fez a força", afirmou Antônio José, presidente do Sinposba.

CONQUISTAS

O piso salarial teve reajuste com duas faixas de piso. A primeira teve 7%, para funcionários de lojas de conveniências, vigias, serventes, lavadores e enxugadores. E a segunda, de 5,3%, para os demais pisos e todas as funções com piso não estabelecido. 

A categoria conquistou o reconhecimento da data-base, em 1º de maio, o pagamento do retroativo de salários e da ajuda alimentação, em até 02 parcelas. Além do valor da ajuda alimentação de R$ 420,00, com pagamento em até o 5º dia útil do mês; feriados, com redução de 30 para 15 dias a compensação, caso seja concedida a folga compensatória, ou o pagamento de 100%. 

DOMINGOS

Ainda não foi dessa vez que se avançou no pagamento do domingo trabalhado e o Sindicato afirma que fiscalizará a legislação que trata desse tema para garantir: escala de revezamento, permitindo pelo menos uma folga dominical por mês; garantir que as folgas sejam cumpridas, evitando a jornada de 7 dias seguidos de trabalho; quando permitir as jornadas maiores, ter o pagamento dobrado.

com informações do Sinposba