Dirigente da CTB critica mudança na Caixa, feita por Lula após pressão do Centrão

Dirigente da CTB critica mudança na Caixa, feita por Lula após pressão do Centrão

Geral 25/10/2023 Escrito por:

A CTB Bahia presta toda solidariedade à Rita Serrano, que foi exonerada nesta quarta-feira (25) da Presidência da Caixa Econômica, o mais importante banco público para trabalhadores e a população mais pobre. A Central também critica o nome escolhido. O banco será dirigido por Carlos Antônio Fernandes, indicado pelo presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL). Funcionário de carreira do banco, ele já trabalhou com integrantes do PP em outros governos petistas.

Funcionário da Caixa, dirigente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, e vice-presidente da CTB Bahia, Emanoel Souza ressalta que a reconstrução do País precisa do reaquecimento da economia para gerar empregos, e muito dos bancos públicos. "Mas, dirigidos por pessoas que coloquem essas instituições a serviço desse novo Brasil, desejado pela maioria do nosso povo e pelos movimentos sociais", afirma.

De fato, o governo, e a grande maioria do nosso povo, precisa de muitas políticas públicas para melhorar o País e a vida da população. Lula não poderia prescindir de um banco como a Caixa, cedendo à pressão de Arthur Lira e dos seus aliados no Centrão. 

Segundo Emanoel, o novo governo de Lula não pode cometer erros dos dois mandatos anteriores. E, nesse caso, errou. "A Caixa é importante para a execução das principais políticas sociais do governo (Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, por exemplo). Por isso, não poderia ser colocada nas negociações para se ter maioria na Câmara, mesmo que para aprovar os projetos de interesse do governo, do Brasil e do povo brasileiro. A CTB se coloca em franca oposição da utilização da Caixa, BB, Petrobrás e outras estatais no tabuleiro do 'toma lá da cá'", enfatiza.

Para o sindicalista, Lula precisa deixar claro que o projeto vencedor nas urnas tem um projeto para o País e quais são as linhas de ação da nova gestão. "Deve dar o tom da mudança, construindo maioria no Congresso Nacional, com todo jogo de cintura que a política exige, principalmente a institucional. Deve construir maior na sociedade para fazer valer os avanços que precisam acontecer. Assim, terá o movimento sindical e os movimentos sociais apoiando o projeto que representa", destaca.