CTB destaca papel do governo e lamenta morte jornalistas no Oriente Médio
Geral 15/10/2023 Escrito por:
Desde que começou o conflito entre Israel e o Hamas, o governo Lula toma medidas ágeis para repatriar brasileiros que estão na região. Na Operação Voltando em Paz, o quinto voo de com brasileiros chegou ao Rio de Janeiro na madrugada deste domingo (15), com 215 passageiros e 16 animais de estimação. Agora, são 916 pessoas repatriadas de Israel. Mais de 2,7 mil brasileiros pediram ajuda para deixar a região de conflito. Além disso, as embaixadas do Brasil nos países da região atuam diariamente para dar apoio às pessoas e ajudar na saída delas do meio da guerra.
O conjunto de ações é destacado pelo vice-presidente da CTB Bahia, Emanoel Souza. "Além de medidas rápidas, o Lula ligou pessoalmente para o presidente de Israel, pedindo para não bombardear a escola onde estariam brasileiros e para garantir a saída deles da Faixa de Gaza. Também falou com os presidentes do Egito e da Autoridade Palestina, solicitando apoio e facilidade para a retirada segura dos brasileiros. Presidindo o Conselho de Segurança da ONU, o Brasil chamou reunião e defendeu o cessar-fogo, a libertação de reféns e um corredor humanitário para estrangeiros saírem do local do conflito. E sugeriu que fosse autorizada a entrada de ajuda humanitária, com alimentos, água, remédios e combustível para os geradores dos hospitais. Foram ações providenciais e corretas", pontua.
MORTE DE JORNALISTAS
Também jornalista, Emanoel Souza criticou e lamentou a morte de vários jornalistas até o momento. "A tese de que a primeira vítima da guerra é a verdade foi proferida pelo dramaturgo da Grécia antiga, Ésquilo. E a verdade que se busca para entender os dois lados, morre quando jornalistas morrem nos conflitos, como esse entre Israel e o Hamas, que surgiu com o apoio israelense para combater outro grupo na época, o Fatah. É lamentável ver profissionais que fazem um trabalho importante, de informar a população, perderem suas vidas dessa maneira", afirma.
Ao menos dez profissionais de imprensa já morreram no conflito. Na sexta-feira (13), um jornalista morreu e vários ficaram feridos em um ataque de Israel no sul do Líbano. Ele era Issam Abdallah (foto), cinegrafista que trabalhava para a Reuters. "Estamos profundamente tristes ao saber que ele foi morto. Estamos buscando urgentemente mais informações, trabalhando com as autoridades da região e apoiando a família e os colegas de Issam", disse a agência em comunicado. A TV Al Jazeera, do Catar, confirmou que dois de seus jornalistas ficaram feridos: o cinegrafista Elie Brakhya e a repórter Carmen Joukhadar. E afirmou, ainda, que vários jornalistas de outros veículos ficaram feridos.
Segundo o Comitê de Apoio aos Jornalistas (JSC), dois profissionais de imprensa estão desaparecidos, segundo organizações. O órgão informou que o jornalista Muhammad Faiz Youssef Abu Matar, de 28 anos, foi morto na quarta-feira (11), após um bombardeio a casas em Rafah. "O Comitê condena veementemente este alvo que levou à morte do jornalista Muhammad Faiz Youssef Abu Matar. E enfatiza que a continuada ação israelense, que tem como alvo jornalistas, é uma violação estrita dos direitos humanos e de todos os tratados e acordos internacionais que garantem a proteção a jornalistas", diz a nota.
com informações do iG, Folha, Estadão e g1