Super Live nacional do Sindsaúde define ações para pagamento do piso da enfermagem

Super Live nacional do Sindsaúde define ações para pagamento do piso da enfermagem

Geral 05/09/2023 Escrito por:

Uma Super Live nacional dirigida pelo Sindsaúde Bahia nesta terça-feira (5) debateu os próximos passos para o cumprimento da lei do piso da enfermagem no Brasil. Condutora do evento, presidenta do Sindsaúde Bahia, Ivanilda Brito destacou que o principal objetivo foi esclarecer e informar contra as fake news sobre o tema, além de fortalecer a sequência da luta.

"Ganhamos uma batalha, mas a guerra ainda não acabou. Propomos criar um Fórum Nacional dos Trabalhadores e trabalhadoras do serviço público para fortalecer a organização dos servidores e garantir nossos direitos, como o piso da enfermagem. É um absurdo estados e municípios entendendo a aplicação do piso de forma equivocada", afirmou.

A dirigente destacou a ação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que entrou com pedido de embargos de declaração contra decisão do STF sobre pagamento do piso salarial da enfermagem. O pedido busca restabelecer um pagamento mínimo sem vínculo com a carga horária de 44 horas, como foi estabelecido no Senado. 

UNIDADE E LUTA

Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, é preciso respeita o Congresso Nacional que aprovou a lei e o presidente Lula, que a sancionou, com reajuste para setor público e colocando a negociação no setor privado. "É importante manter as mobilizações para pressionar a implantação do piso, também no setor privado. Depois de garantir uma conquista, temos que fazer valer sua aplicabilidade. Sugerimos um Dia Nacional de Luta da Enfermagem. É hora da radicalidade consequente para avançar. Essa categoria merece respeito e reconhecimento", enfatizou.

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) parabenizou as entidades de saúde e da enfermagem de todas as forças políticas, pois ajudaram a garantir a lei do piso. "Tiveram papel determinante na unidade da categoria durante todo o processo de luta. Essa categoria essencial à vida do nosso povo e dos serviços de saúde precisa do piso e da estruturação da sua carreira. As empresas privadas esperam nova decisão ruim do STF para não pagar o piso, exigindo mais luta nos grandes hospitais, que atuam para não pagar o benefício. Nosso mandato segue à disposição dessa causa justa. É unidade e luta contra a adulteração da lei. O piso independe de carga horária", destacou.

NÃO EXISTE PISO PARA 44 HORAS

Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Saúde, Valdirlei Castangna reafirmou que as entidades seguem cobrando a aplicação da lei aprovada e não negociam nada que venha prejudicar os profissionais da enfermagem. "Não existe essa de 44 horas semanais, pois todos os concursos públicos definiram carga horária de 40 horas para a profissão. Os municípios têm dificuldades de enviar os cadastros dos servidores e o Ministério da Saúde fica aguardando para fazer os repasses. Ainda temos uma caminhada grande pela frente e a gente conta com a força da categoria para vencermos.

A representante da Força Sindical, Cristina Gomes, disse que os profissionais da enfermagem não vão ser vencidos facilmente. "Precisamos de maior ação dos sindicatos em todo o Brasil. Essa luta não é só do movimento sindical e da categoria, mas de toda a sociedade. Temos que ganhar a opinião pública e a categoria, para fortalecer as novas lutas que virão", defendeu.

O debate foi aberto com os participantes de todos os estados e municípios presentes na Live, que falaram como anda a situação local. Ficou claro que o problema é idêntico em todos os lugares. Isso reforça a importância de uma articulação nacional, com ações fortes nos estados e nos municípios. "O Sindsaúde Bahia não vai desistir e fará sua parte. Teremos uma assembleia e não vamos negociar nada sem ouvir a categoria, que precisa reforçar a luta nessa nova fase", afirmou Dart Clair, dirigente do Sindsaúde.

Participaram da Live presidentes dos sindicatos de saúde do Amazonas (Cleidinir), Paraná (Jordano), Tocantins (Manoel) e Amapa´(Kliger), além de presidentes e dirigentes dos sindicatos municipais da Bahia: Ibirapitanga, Itaberaba, Sindvale e Canavieiras.