Com as Margaridas, Celina e Rosa destacam medidas do governo Lula

Com as Margaridas, Celina e Rosa destacam medidas do governo Lula

Geral 16/08/2023 Escrito por:

Por dois dias, cerca de 100 mil mulheres, do campo e da cidade de todo o Brasil, ocuparam Brasília com as bandeiras da 7ª Marcha das Margaridas, que foi encerrada nesta quarta (16). Dirigentes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) reforçaram o movimento das trabalhadoras, agricultoras e assalariadas rurais. No encerramento, o presidente Lula (PT) discursou combatendo violência política, lembrando o período que estava preso e citando a morte de Margarida Alves, trabalhadora rural paraibana morta a tiros na porta de casa em 1983. O petista lançou um pacote de medidas em benefício das mulheres (veja ao final).

“O foco principal do encerramento da Marcha foram os projetos assinados por Lula em atendimento a pauta que nós entregamos dia 21 de junho, entre eles estava valorização da permanência do jovem na terra, a questão da retomada da reforma agraria e muitos outros pontos. Nós da CTB tivemos um papel muito importante, levamos uma delegação bastante expressiva e com certeza valeu a pena mais essa luta. Agora é cobrar para que sejam colocados em prática”, disse Celina Arêas, secretária da Mulher Trabalhadoras da CTB.

Para a presidenta da CTB Bahia, Rosa de Souza, o movimento mostra a mobilização firme das mulheres. “É a demonstração da força das mulheres do campo, com o apoio das mulheres da cidade e dos sindicatos brasileiros. Vamos atuar com nossa autonomia para ajudar o governo Lula na reconstrução do Brasil. É hora de todos os segmentos se mobilizarem pelos avanços que precisamos, para o país se desenvolver com valorização do trabalho, ampliação dos direitos e respeito às mulheres. Por isso, celebramos mais essas medidas anunciadas pelo presidente”, destacou.

Coordenadora da Marcha e secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), Mazé Morais agradeceu a Lula pelo diálogo feito com os ministérios. “A marcha de 2023 – diferentemente da marcha de 2019, que foi a marcha da resistência – é, agora, a marcha da reconstrução do Brasil e do bem viver. (…) Quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede”, afirmou. 

PACTO NACIONAL E NOVAS AÇÕES

Durante o evento, o presidente Lula criou um pacto nacional de prevenção a feminicídios.“Os poderosos, os fascistas, os golpistas podem matar uma, duas ou três margaridas, mas jamais resistirão à chegada da primavera (…) “É preciso criar uma cultura de respeito no campo e nas cidades. Não toleraremos mais discriminação, misoginia e violência de gênero. Não podemos conviver com tantas mulheres sendo agredidas e mortas diariamente dentro de suas casas, como também não é possível achar normal que, exercendo a mesma função, uma mulher ganhe menos que um homem”, disse.

Além do pacto, Lula anunciou um pacote de decreto para as mulheres. No Plano Emergencial de Reforma Agrária, a pontuação para famílias chefiadas por mulheres no processo de seleção para ter acesso à terra será dobrada. O petista também assinou decretos, retomando ou instituindo iniciativas de governo para as mulheres:

>> Programa Quintais Produtivos para promover a segurança alimentar e nutricional de mulheres rurais;

>> Seleção de famílias e retomada da reforma agrária;

>> Comissão de enfrentamento à violência no campo;

>> Grupo de trabalho interministerial para o Plano de Juventude e Sucessão Rural, destinado a oferecer serviços públicos para a população jovem da agricultura familiar e ampliação das oportunidades de trabalho e renda para esse público;

>> Programa Nacional de Cidadania Bem Viver para as Mulheres Rurais, para retomada de programa nacional de documentação da trabalhadora rural;

>> Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios;

>> Retomada da Política Nacional para os Trabalhadores Empregados, para fortalecer os direitos sociais desses operários; e

>> Retoma o Programa Bolsa Verde, que faz pagamentos a famílias de baixa renda inseridas em áreas protegidas ambientalmente.

com informações da Agência Brasil e CTB Nacional