Para celebrar o Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina Americana e Caribenha, a Ouvidoria da Defensoria Pública organizou rodas de conversa sobre vários temas. No debate "Mulheres Negras: raízes da luta, liberdade, justiça e direitos", realizado na ESDEP (Escola Superior da Defensoria Pública), no Canela, a CTB Bahia foi representada pela dirigente da APLB e da Central, Arielma Galvão.
Segundo a ouvidora-geral, Naira Gomes, o movimento Mulheres Negras busca resgatar suas participações sociais e históricas. "Pautando temas relacionados à superação das desigualdades de gênero e raça. Destacar essa pauta política é urgente e julho é o mês escolhido para disseminar essa agenda tão crucial para a sociedade", afirmou.
Ao falar da mulher na educação e na política, Arielma destacou a luta da mulher negra na sociedade. "É muito importante a ocupação desses espaços. As mulheres negras ainda são invisibilizadas, silenciadas e até mortas. Mesmo na educação, quando ocupam lugar, sofrem com as péssimas condições de trabalho. A Ouvidoria da Defensoria está de parabéns pelo debate, com a presença de estudantes", afirmou.
Falaram no evento para relatar suas experiências de vida Creusa Oliveira (presidenta de honra da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos da Bahia; Mailan Pereira (agricultora familiar e líder da marca Chocolate da Mata); Myriam Santana (Coordenação de Projetos Culturais e Sociais da Fábrica Cultural); e Anemone Santos (Fórum das Catadoras e Catadores de Rua e em Situação de Rua da Bahia).