Profissionais da enfermagem baiana deram uma grande contribuição à greve geral nacional da categoria, que realizou paralisações nas principais cidades do Brasil. Os atos desta quinta-feira (29) fazem parte da luta pela implementação do Piso Salarial Nacional da categoria. Quem liderou o movimento foi o Sindsaúde Bahia, com atos em Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus, Jequié, Guanambi e Brejões, entre outros municípios.
"Essa é uma luta histórica e nos garantiu a aprovação, no Congresso Nacional, de uma lei que assegura mais dignidade para profissionais que dão suas vidas para cuidar e salvar a vida do nosso povo. Não pode o STF se deixar pressionar pelas empresas privadas de saúde para barrar o pagamento do piso. Os atos de hoje mostram a força da enfermagem baiana. Lutamos para aprovar esse benefício e seguiremos lutando para que ele seja pago", afirmou Ivanilda Brito, presidenta do Sindsaúde Bahia e secretária de Imprensa da CTB Bahia.
Presente na manifestação, a presidenta da CTB Bahia, Rosa de Souza, reafirmou o apoio da Central à luta da categoria. "Estamos orientando nossos sindicatos para que prestem todo apoio às entidades e a esses profissionais essenciais na vida da população. Durante a pandemia, pudemos confirmar isso. Vocês estão de parabéns e contem com nossa solidariedade nessa luta mais do que justa. Se o piso é lei, ela tem que ser cumprida", defendeu.
Sempre ao lado da categoria, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) lembrou que a lei garante os recursos para que prefeituras, governos estaduais e hospitais privados possam garantir o pagamento. "Já existem disponíveis R$ 33,3 bilhões exclusivos para pagar o piso até 2027. Foram garantidos recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social para financiar o piso no setor público, nas entidades filantrópicas e de prestadores de serviços. Não cabe mais dúvidas sobre isso. Seguimos com vocês para que a lei seja respeitada", pontuou.
A Lei 14.434/2022 define que o piso salarial dos enfermeiros será de R$ 4.750. Os técnicos de enfermagem deverão receber 70% desse valor (R$ 3.325); e os auxiliares de enfermagem e as parteiras, 50% (R$ 2.375).