Convocados pelo Sindsaúde Bahia, servidores públicos da saúde ganharam uma "injeção de ânimo" com a assembleia realizada nesta quarta (21). De forma presencial no auditório do Sinpojud, em Salvador, e pela internet, a categoria debateu caminhos para intensificar a luta que garantirá o pagamento do piso salarial da enfermagem. Inclusive com a possibilidade de uma greve no setor.
A assembleia também debate ações contra os ataques à categoria, concurso público e o não sucateamento do Planserv. Em Brasília, a presidenta do Sindsaúde, Ivanilda Brito, participou online e destacou a importância de se projetar a greve observando os caminhos legais para sua realização.
Conduzindo os trabalhos, a diretora de Comunicação da entidade, Dart Clair, criticou a postura do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu os efeitos da lei aprovada no Congresso Nacional, assegurando o pagamento do piso nacional da enfermagem. "Vemos uma pressão de prefeitos e empresas privadas para não cumprirem a lei, influenciando o Supremo. Mas, o Fórum Nacional e o Fórum Estadual da Enfermagem seguem firmes por esse direito conquistado", enfatizou.
A dirigente colocou as propostas das entidades que representam a enfermagem para a assembleia debater e deliberar: uma paralisação de 48 horas nos dias 29/06 e 01/07, além da participação no ato do 2 de Julho. "No dia 30, o STF deve votar se libera, ou não, o pagamento do piso. Dependendo do resultado, poderemos definir por uma paralisação maior no setor", explicou.
LUTA HISTÓRICA
Ex-presidenta e dirigente do Sindsaúde, Aladilce Souza, destacou a luta histórica da categoria e a atuação da deputada federal Alice Portugal (PCdoB) para garantir a lei aprovada. "Conseguimos a aprovação da lei e, agora, lutamos por sua aplicação. Vamos manter a mobilização e executar as propostas apresentadas para conseguirmos mais essa vitória", frisou.
O novo piso da categoria sob o regime da CLT é de R$ 4.750, definido pela Lei nº 14.434. Técnicos de enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). O piso vale para trabalhadores dos setores público e privado.
com informações do Sindsaúde / fotos: CTB e Sindsaúde