Velho é o mundo: CTB Mulher debate etarismo no trabalho e prepara ações
Geral 14/06/2023 Escrito por:
Com o texto "Etarismo na contramão da longevidade", as sindicalistas do Coletivo de Mulheres da CTB Bahia, liderado pela Secretaria da Mulher da Central, debateram o tema relacionando com o mundo do trabalho e o movimento sindical. A secretária da Mulher, Flora Lassance, leu o texto que, em seguida, foi alvo de discussão das sindicalistas presentes. "É uma decisão da direção da CTB debater temas transversais à luta das mulheres no mundo do trabalho, em cada reunião das secretarias. Por isso, trouxemos esse assunto, que, também, deve ser abordado em relação ao movimento sindical", explicou, afirmando que é preciso combater o preconceito contra pessoas mais velhas e idosas em todos os espaços da sociedade.
"Num mundo com tantos preconceitos, em pleno século XXI, é preciso estarmos atentos para identificar especialmente aqueles que, muitas vezes, passam despercebidos no cotidiano recheado de afazeres e muita pressa. Um deles é o etarismo. A discriminação em função da idade pode ocorrer em qualquer fase da vida. Pode atingir as crianças quando elas não são percebidas na sua potencialidade; os jovens, em função da pouca experiência ou de uma visão generalizada e superficial de que são todos imaturos; mas notadamente têm atingido com preponderância as pessoas mais velhas", diz um trecho do documento.
E conclui: "Século XXI chegou, mas não trouxe com ele a valorização e o respeito à experiência. O etarismo surge como uma discriminação que pode ser velada, mas que, na maioria das vezes, é escancarada. Ele deve ser combatido, assim como combatemos todas as outras discriminações contra os seres humanos!"
DEBATE RICO
Ao final da leitura, houve o debate sobre o tema. "Temos que discutir, também, ações para combater a violência e o feminicídio com trabalhadores e trabalhadoras, para aumentar a conscientização", disse Lúcia Maia, dirigente da Flemacon e Fetracom (categoria da construção civil).
Para Nancy Alves, dirigente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, "é importante ocupar as ruas e espaços de debates com o objetivo de trazer mais mulheres para a luta". "Temos que ir além das atividades do 8 de Março e ter iniciativas durante todo o ano", acrescentou Rita Soares, dirigente da APLB-Sindicato. "Temos que debater e ocupar as ruas para ajudar a reconstruir o Brasil", completou Cherry Almeida, dirigente dos Comerciários de Salvador.
A Secretária de Finanças do Sinpojud, Zezé, reafirmou o compromisso da entidade "em abrir espaço para debates como esse da CTB Mulher". "É essencial levarmos as resoluções desses debates para as diretorias dos nossos sindicatos. É a contribuição da CTB para suas organizações filiadas", acrescentou Lucineide Sampaio, diretora do Sinposba (postos de combustíveis).
O encontro também debateu a participação da CTB no Julho das Pretas e na Marcha das Margaridas, além de ter avaliado o Encontro Estadual de Mulheres da Central. Participaram ainda: Maria das Graças (Assufba); Sônia Maria (Fetracom); Sueli Bahia (Comerciários); Rosângela Santana (Assufba); Hercília Ramos, Ednalva Bispo, e Maria Nery (Sintracom).