Para marcar o Dia d@ Jornalista e os 72 anos do Sinjorba (Sindicato dos Jornalistas da Bahia), a Câmara Municipal de Salvador realizou uma Sessão Especial nesta terça (25). A iniciativa foi do vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB).
O parlamentar citou alguns números da violência contra jornalistas. "Segundo a Fenaj, em 2022, do total de jornalistas vítimas de agressões, 222 (69,37%) foram do sexo masculino e 80 (25%) do sexo feminino. Os mais agredidos trabalham em TV: 160 profissionais, entre repórteres e repórteres cinematográficos, representando 41,03% do total de vítimas", pontuou.
Augusto fez a defesa da PEC do Diploma. "Para valorizar os profissionais de imprensa e o bom jornalismo contra as fake news. É uma categoria essencial para informar a sociedade e fortalecer a democracia. A Câmara pode contribuir para essa luta do Sinjorba e da Fenaj. Precisamos combater o monopólio e democratizar os meios de comunicação, algo fundamental para a democracia", destacou.
Pela CTB Bahia, a presidenta Rosa de Souza destacou o papel do Sinjorba e dos jornalistas. "Vocês são essenciais para o fortalecimento da democracia no País. Todo nosso apoio à luta pela aprovação da PEC do Diploma, por melhores salários e condições dignas de trabalho. Parabéns ao sindicato e à categoria. Contem com a nossa Central e nós contamos com vocês na construção de um novo Brasil sob o governo do presidente Lula", afirmou.
MOBILIZANDO A CATEGORIA
O presidente do Sinjorba, Moacy Neves ressaltou o trabalho árduo dos jornalistas para terem uma vida digna e ajudar a informar a sociedade. "Ao longo desses anos, vivemos um intenso processo de desregulamentação e precarização do nosso trabalho. Por isso, a PEC do Diploma é essencial para valorizar a importância da categoria na sociedade. Temos que reverter esse quadro deixado pelo ex-presidente, onde o Brasil caiu nos rankings da transparência e da democracia. Estaremos em Brasília lutando pelas demandas dos jornalistas, inclusive para melhorar o ambiente da prática do jornalismo", enfatizou.
Para o presidente da ABI (Associação Baiana de Imprensa), Ernesto Marques, é importante responsabilizar as plataformas das redes sociais sobre a disseminação de fake news e da cultura do ódio. "A sessão ajuda nessas reflexões sobre a realidade do jornalismo e do país. Criamos uma rede de combate à violência contra os profissionais de imprensa. Se jornalistas não podem exercer sua profissão, estamos na barbárie e a sociedade está perdendo essa batalha", disse.
Segundo o vice-diretor da Facom/UFBA, Washington de Souza Filho, "há um compromisso da universidade com a formação dos profissionais das diversas áreas e da sociedade baiana. Valorizar o diploma é reconhecer a importância das universidades de comunicação", destacou. Haroldo Abrantes, coordenador do curso Jornalismo da Ucsal e Maria Isabel, da Comissão de Mulheres do Sinjorba reforçaram a importância de debates como este e da mobilização da categoria.