Dirigentes sindicais dos Bancários, Sindicacau e Sindiborracha de Ilhéus debateram os desafios do sindicalismo no cenário do novo governo Lula (PT) e o crescimento da CTB Bahia na região Sul.
Para contribuir com a discussão, eles convidaram o vice-presidente da CTB Bahia, Emanoel Souza, que também é dirigente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe. Ele destacou o papel do sindicalismo classista na reconstrução do Brasil e no fortalecimento das ideias mais avançadas para a luta da classe trabalhadora.
"A vitória de Lula foi um fato extraordinário, diante do avanço do fascismo no Brasil, das mentiras espalhadas pelas redes sociais e do uso absurdo da máquina do Estado nas eleições. Para isso, Lula teve que fazer uma grande aliança política, sem a qual não teria ganho o pleito. Por ser um governo de coalizão ainda maior que em 2022, e num cenário polarizado, torna a realidade ainda mais complexa, exigindo muita sagacidade na ação política do movimento sindical", afirmou.
De acordo com Emanoel, o sindicalismo tem que aproveitar o momento e crescer na luta para reverter os retrocessos dos últimos seis anos. "Com autonomia, temos que apoiar o governo que ajudamos a eleger, nas propostas que melhoram a economia e a vida dos trabalhadores e do povo brasileiro. Mas, agir firme quando outras forças 'aliadas' quiserem não deixar o governo avançar para assumir posições prejudiciais ao Brasil que queremos, com desenvolvimento, valorização do trabalho, empregos e direitos", pontuou.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários, Rodrigo Cardoso, "a reunião ajudou na atualização da análise sobre o momento político e apontou vários desafios para a classe trabalhadora brasileira".
Participaram do encontro Cris Calabraro, vice-presidente do PCdoB local; Lauro Marcolino e Diego Lisboa, dirigentes do Sindiborracha; Luciano Conceição, dirigentes do Sindicacau; Gabriel Nobre e Gerard Grimaldi, dirigentes do Sindicato dos Bancários.