Em todo o Brasil, as centrais sindicais realizaram, nesta terça-feira (21), atos no Dia Nacional de Mobilização pela redução dos juros. As manifestações aconteceram nas sedes do Banco Central (BC) e visam pressionar o Comitê de Política Monetária a reduzir a Taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano.
Na capital baiana, o protesto aconteceu na sede do BC, localizada no Centro Administrativo da Bahia, com a presença de representantes da CTB, CUT, Força Sindical, CSB e UGT. "Essa taxa atual encarece todo investimento produtivo, segura o crescimento, provoca recessão econômica e gera desemprego. Só os banqueiros e especuladores ganham", afirmou Emanoel Souza, vice-presidente da CTB Bahia e dirigente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe.
O professor e, também, vice da CTB, Reginaldo Alves, disse que o País precisa de mais produção e menos especulação financeira. "Essa alta taxa não beneficia o crescimento econômico nem a soberania do Brasil. A luta pela redução dos juros não é só das centrais, mas de todo o povo brasileiro", enfatizou.
"O Brasil tem a maior taxa real de juros do planeta, o que atrasa o crescimento econômico e dificulta a retomada do emprego. A atual gestão do BC foi indicada por Bolsonaro e insiste em manter os privilégios de bancos e do mercado financeiro. Está na hora de virar esse jogo", disse o presidente do Sindicato dos Bancários e vereador, Augusto Vasconcelos, reforçando que o Banco Central não é independente, pois serve aos interesses do mercado financeiro ao praticar o atual patamar de juros no País.